Frida Kahlo mais perto da molecada
Exposição sobre a pintora mexicana chega amanhã ao Museu Histórico Nacional
‘Se pinto a mim mesma é porque passo muito tempo sozinha e porque sou a pessoa que melhor conheço.” A frase da pintora mexicana Frida Kahlo é usada para contextualizar a grande frequência com a qual ela pintava autorretratos e estará na abertura da exposição ‘Frida e Eu’, que inaugura amanhã e vai até 2 de outubro, no Museu Histórico Nacional.
A exposição é interativa e feita em parceria com o Centre Pompidou. A curadora da mostra, Deidré Guevara, conta que a ideia do projeto surgiu com o objetivo de aproximar as crianças dos museus.
“Pensamos neste projeto há quatro anos. Frida Kahlo é a pintora mexicana mais conhecida mundialmente. E é incrível poder falar dela para o público infantil”, diz Deidré.
A curadora salienta que muitos dos temas abordados pela pintora, como a dor e a doença, também estão presentes na vida das crianças.
“Pensamos que com uma mediação acertada, o amor pela arte e os elementos adequados, todo artista é um possível meio entre os pequenos visitantes e o museu”, ensina.
A mostra é composta de seis eixos temáticos, que se dividem contextualizando passagens marcantes da biografia de Frida. A proposta é que essas instalações tragam para perto das crianças a alma da artista.
“Fiquei encantada pelas cores, formato e ludicidade, mas também pela forma como alguns dos temas como dor, diversidade, paixão e superação foram apresentados”, conta Daniela Kohl Schlochauer, responsável pela vinda da exposição ao país.
Os visitantes não terão acesso a obras de acervo e pinturas feitas pela artista, mas numa das instalações terão à disposição diversas almofadas espalhadas pelo chão, um cavalete adaptado, canetas esferográficas e um espelho no teto colocado na posição exata em que todos deitados consigam se ver. A ideia é se ligar à história de Frida, que começou a pintar exatamente assim.