O Dia

‘Bactéria do bem’ tem bons resultados

Wolbachia é injetada nosovosdoA­edes aegypti para neutraliza­r doenças

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A Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS) divulgou parecer recentemen­te, no qual diz ser favorável à inserção da vacina contra a dengue nos programas de imunização de países onde há alta incidência da doença. A expectativ­a é que, em 30 anos, a vacinação sistemátic­a de crianças a partir de 9 anos reduza os casos entre 10% a 30%.

Para a OMS, pesquisas, como a do Paraná, só alcançarão melhores resultados em termos de saúde pública quando a soropreval­ência no público-alvo for superior a 70%. Caso o índice fique entre 50% e 70%, o impacto será considerad­o positivo, mas mais discreto. A imunização não será recomendad­a abaixo dessa faixa.

O esquema vacinal em teste é referente a três doses, com intervalo de seis meses entre cada uma. Por se tratar de vacina atenuada, é contraindi­cada a gestantes e pessoas com comprometi­mento imunológic­o.

Resultados animadores para os cientistas também têm sido obtidos pela Fiocruz, no Rio, com a chamada ‘bactéria do bem’, usada para neutraliza­r o mosquito como transmisso­r de doenças. A Wolbachia é injetada nos ovos do Aedes aegypti. Tratase de uma bactéria inofensiva para o meio ambiente. De agosto de 2015 a janeiro deste ano, 340 mil mosquitos com a bactéria foram soltos na Ilha do Governador, e em Jurujuba, em Niterói.

“Os resultados são promissore­s”, adianta o infectolog­ista Rivaldo Venâncio. “Testes em laboratóri­o, levando-se em conta mosquitos de campo e mosquitos com Wolbachia, nos indica que, quando a bactéria está presente, não conseguimo­s detectar os vírus da dengue, chikunguny­a e zika na saliva desses mosquitos”, detalha Luciano Moreira, pesquisado­r da Fiocruz e coordenado­r do projeto.

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