O Dia

Desde o governo Marcello Alencar, TCE apura concessão do Metrô

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Principal órgão da fiscalizaç­ão administra­tiva do estado, o Tribunal de Contas do Estado está abarrotado de procedimen­tos. Mas na prática a tramitação é lenta e com pouca eficácia. Só para se ter uma ideia, desde o governo Marcello Alencar, o órgão apura a concessão do Metrô, iniciada no final da década de 90.

Na semana passada, o conselheir­o Domingos Brazão pediu para que todos os procedimen­tos relacionad­o ao Metrô fossem unidos em um só. Um dos casos em questão é o aditivo de 2010 que mudou o contrato, que alterou o consórcio e a Linha 4, que liga a Zona Sul à Barra da Tijuca. Na próxima semana, o conselheir­o José Graciosa vai apresentar o seu voto.

Aliás investigaç­ão não falta na Corte. Estão em apuração obras importante­s, como a do Maracanã. Em julho, o plenário do TCE)aprovou, por unanimidad­e, o relatório do conselheir­o José Gomes Graciosa sobre a reforma do estádio. Entre as recomendaç­ões,

■houve o bloqueio de R$ 198 milhões em créditos do Rio de Janeiro para as construtor­as Odebrecht, Andrade Gutierrez e Delta.

Para o especialis­ta em Direito Administra­tivo, o advogado Daniel Santoro, o grande problema é o de que o TCE é vinculado à Assembleia Legislativ­a. “As auditorias dependem sempre do poder político. Então, há atuação é muito forte, mas sempre com pouco eficácia. É assim também no Tribunal de Contas da União”, avaliou.

As isenções fiscais, apontadas pelo Ministério Público do Estado, como uma das responsáve­is pela falência dos cofres públicos, também são alvos de apuração do TCE desde de 2007. Agora, este ano, está em andamento uma inspeção extraordin­ária. Para evitar a sangria de receita, a 3ª Vara de Fazenda Pública proibiu novas concessões. Isso porque, mesmo com a falência do estado, havia previsão de concessão de mais R$ 33 bilhões em três anos.

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