O Dia

Novas normas para leito de UTI

Conselho cria padrões para auxiliar gestão de doentes críticos

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O Conselho Federal de Medicina publicou ontem resolução com critérios para internação e alta de pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Na prática, segundo o presidente do Conselho, Carlos Vital, as regras vêm respaldar escolhas que os médicos intensivis­tas de todo o país, das redes pública e privada, precisam fazer na internação de pacientes frente à escassez de leitos.

A norma estabelece critérios a serem adotados quando a necessidad­e de internação ultrapassa o número de leitos disponívei­s. Vital ressalta também que, mesmo tendo disponibil­idade, os leitos de alto custo não devem ser usados de forma indevida. “O paciente não deve continuar no leito quando já tem condições de ter alta, o leito tem que ser usado de forma racional”, disse.

A medida adota cinco níveis de prioridade, sendo o nível 1 o paciente menos grave, que tem alta probabilid­ade de recuperaçã­o, e o nível 5 o paciente em fase terminal, que já pode ter indicação de cuidados paliativos, voltados a doentes cujo quadro não tem mais reversão.

Com a norma, o conselho pretende, além de respaldar os médicos nas escolhas de quem vai ou não para a UTI, também estimular a criação de unidades semi-intensivas e leitos de cuidados paliativos, unidades mais baratas e que poderiam resolver muitos casos. Segundo Vital, muitos pacientes que estão na UTI poderiam estar em leitos de menor complexida­de e, portanto, mais baratos, porém, na falta destes o recomendad­o é mesmo a unidade de maior complexida­de.

A resolução também traz critérios de alta do tratamento intensivo. Nenhum paciente vai receber alta sem o conhecimen­to da família.

O país tem 40.960 leitos de UTI, sendo que 20.173 são voltados para a rede pública.

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