Câmara revê segurança após invasão pró-militar
Detectores de metais não funcionaram. Entrada será alterada, diz Rodrigo Maia
Os procedimentos de entrada na Câmara dos Deputados serão revistos, afirmou ontem o presidente da Casa, Rodrigo Maia, em entrevista à Rádio Estadão. Quarta-feira, o plenário foi invadido por grupo de manifestantes favoráveis a uma ‘intervenção militar’, gerando danos ao patrimônio. Os 51 integrantes foram presos.
Maia os classificou como “baderneiros”. Os manifestantes, que não tinham uma liderança, se dividiram e entraram por portas diferentes, dificultando o trabalho da segurança.
Por isso, segundo o deputado, a Câmara pensa em reforçar a segurança e o procedimento de revista das pessoas que quiserem entrar na Casa. Ele admitiu também que os detectores de metais da Câmara falharam e que tem informações de que armas entraram no plenário.
Os equipamentos serão consertados e todos deverão se submeter a eles. “Não vejo nenhum problema de as pessoas passarem pelo detector de metais, inclusive parlamentares”, disse Maia.
O deputado disse que os manifestantes estavam em Brasília desde o feriado de terça-feira, mas a Câmara não foi aberta. Maia afirmou que a invasão não comprometeu os trabalhos dos deputados, mas foi simbólico “de um ato muito grave”.
E TOME IGNORÂNCIA
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma gafe de uma mulher que estava na manifestação. Ao entrar na Casa, ela viu uma arte dos 100 anos da imigração japonesa no Brasil, comemorado em 2008. Na pintura, aparecem as bandeiras do dois países juntas. Apontando para a arte, a mulher diz que deparou com uma “cena nojenta com um símbolo vermelho e comunista”. Ao final, ela ainda faz um “alerta” à população. “A nossa bandeira não será mais como conhecemos”.