Articulação política pode barrar CPIs
A prisão de Sérgio Cabral impulsionou diversos deputados a assinar pedido de instalação de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) na Alerj.
O Psol pediu a CPI das concessões de isenções fiscais a partir de 2008 e conseguiu, até o início da noite de ontem, 28 assinaturas. Já a deputada Zeidan (PT) recolheu 24 nomes (o mínimo) para investigar suspeitas de superfaturamento em obras do Maracanã e Metrô.
Mas os pedidos não garantem que as CPIs vão ocorrer. Para isso, o presidente da Alerj terá que chamar ao plenário líderes da Casa. E Édson Albertassi acredita que não haverá “tempo hábil” para isso, tendo em vista o recesso parlamentar: “Mais pela questão técnica, não política”.
Eliomar Coelho (Psol) diz que o partido pressionará para que o trabalho seja feito até no recesso: “O Regimento Interno é claro ao dizer que podemos trabalhar nesse período. Não podemos nos furtar a achar saídas para a crise. Temos que abrir a caixa preta das isenções. É fundamental para os rumos do estado”.
Ontem, a Fasp foi à Justiça e pediu a apreensão da folha de pagamento de outubro para acelerar os créditos de salários. “Depois, vamos fazer o bloqueio da conta do estado para transferência dos valores para os servidores”, disse o advogado da Fasp, Carlos Jund.