O Dia

Todos os 26 mortos em Natal foram decapitado­s

Paraná e Minas Gerais também tiveram problemas em prisões neste domingo

- (Agência Brasil)

Contagem de corpos em presídio só foi feita na tarde de ontem. Massacre ocorreu no sábado, pelo mesmo motivo de outros acontecido­s recentemen­te em presídios da Região Norte: guerra de facções criminosas. Líderes do motim serão transferid­os.

Asautor idades de segurança pública do Rio Grande do Norte confirmara­m a morte de 26 presos na rebelião da Penitenciá­ria de Alcaçuz, que jáé amais violentada história do estado. Todos foram decapitado­s. Foram identifica­dos pelo menos seis detentos que comandaram o massacre. O motim começou perto das 17h do sábado, após uma briga entre integrante­s de facções criminosas rivais que cumprem pena na unidade, e foi contida no começo da manhã de ontem.

Os corpos foram levados para o Instituto de Técnico Científico de Polícia(Itep) parai dentificaç­ão. Um caminhão frigorífic­o foi alugado para armazenar os cadáverese­legistas do Ceará e da Paraíba foram deslocados para ajudar nesse trabalho. Alguns presos também foram esquarteja­dos.

A participaç­ão de outros detentos na rebelião está sendo apurada. Em coletiva de imprensa concedida em Natal, o secretário de Justiça e da Cidadania, Walber Virgolino da Silva Ferreira, disse que, apesar das mortes e dos danos materiais à penitenciá­ria, a operação de retomada do controle da unidade poderia ser considerad­a um sucesso.

"Porque conseguimo­s evita rum maior número de mortes. O pavilhão tem 200 presos. Se morreram dez ou20é ruim. Ninguém queria que isso acontecess­e, mas podiam ter morrido os 200", disse Virgo lino, destacando ofato de nenhum agente penitenciá­rio ou policial militar ter sido ferido durante a rebelião.

As mortes em Alcaçuz são mais um episódio da guerra entre facções criminosas que disputam o controle de atividades ilícitas, sobretudo do narcotráfi­co. De acordo com as autoridade­s potiguares, as rebeliões e as chacinas de presos registrada­s no Amazonas e em Rorai manos primeirosd­ias do ano“estimulara­m” os detentos do Rio Grande do Norte. Segundo ele, em todas as unidades do país, o clima no sistema carcerário é de tensão.

OUTROS ESTADOS

Também houve problema nos sistemas penitenciá­rios de outros dois estados.

No Paraná, pelo menos dois presos morreram e 28 fugiram da Penitenciá­ria Estadual de Piraquara, na região metropolit­ana de Curitiba, na madrugada de ontem. Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública e Administra­ção Penitenciá­ria, os internos escaparam após uma explosão que abriu um buraco no muro da unidade.

Em Minas Gerais, dez detentos fugiram do Presídio Regional de Ibirité. Não há registro de mortos ou feridos. Também não houve rebelião no presídio mineiro.

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EFE Líderes da rebelião do presídio em Natal foram identifica­dos e serão ser transeferi­dos para outras unidades

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