O Dia

Secretaria intensific­a rondas nos presídios

Unidade com 3,6 mil detentos tem apenas oito agentes no plantão

- MARIA INEZ MAGALHÃES minez@odia.com.br Mais sobre a crise nos presídios na

Após os episódios de rebelião em penitenciá­rias de vários estados, a Secretaria de Administra­ção Penitenciá­ria (Seap) intensific­ou as rondas diurnas e noturnas nas cadeias do Complexo de Gericinó, assim como o acompanham­ento da contagem dos detentos, o chamado ‘confere’. As ações aconteciam geralmente nos finais de semana e feriados, mas passaram a acontecer todos os dias. O trabalho tem sido feito com apoio das tropas de elite da Seap, como Grupo de Intervençõ­es Táticas (GIT) e do Grupamento de Operações com Cães (GOC), em unidades considerad­as mais complicada­s.

De 6 a 11 deste mês, foi necessário o reforço da segurança, com a colocação de mais agentes,naspeniten­ciáriasJon­as Lopes de Carvalho (Bangu4)eLemosdeBr­ito(Bangu 6),quandoospr­esosdoTerc­eiroComand­oPuro(TCP)tentaram invadir a galeria dos exPMs presos. O grupo ficou nas unidades até que todos os presos fossem transferid­os.

Enquanto as cadeias estão lotadas, o sistema penitenciá­rio sofre com poucos agentes. Há unidades no complexo com 3.600 detentos, como o Instituto Penal Vicente Piragibe, onde atuam apenas oito agentes por plantão, e o Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho,

Falta d’água atingiu unidade em Bangu onde está o ex-governador Sérgio Cabral

com seis servidores no plantão. E esse número ainda é menor em algumas unidades prisionais com quase 3 mil detentos. Nelas, há somente cinco agentes por plantão, a mesma quantidade de agentes empregada em cadeias com pouco mais de mil detentos.

Na semana passada, outro problema afetou o sistema penitenciá­rio do Rio. O rompimento de uma tubulação de água em Santíssimo, que abasteceoC­omplexodeG­ericinó, deixou as cadeias sem água. Uma das unidades foi Bangu8,ondeestápr­esooexgove­rnadordoRi­o,SergioCabr­al, preso em novembro.

A assessoria da Secretaria de Estado de Administra­ção Penitenciá­ria informou apenas que a rotina das unidades prisionais permanece normal e que não há registro de rebelião. Segundo a assessoria, transferên­cias são ações cotidianas em unidades prisionais. Sobre o número de agentes penitenciá­rios nas unidades a assessoria disse que não comenta por questões de segurança.

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ARQUIVO Reforço ficou baseado em Bangu 4 e 6 até a transferên­cia dos presos

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