Para governo mudanças vão conter alta do déficit
>O governo defende que a Reforma da Previdência é necessária para impedir que o déficit — que fechou 2016 em R$ 149,73 bilhões, alta de 74,5% — cresça em ritmo acelerado, informou o secretário da pasta, Marcelo Caetano. Mas não é suficiente para tirar as contas do vermelho, adverte Caetano.
“Para acabar com déficit, a reforma precisaria ter medidas em um nível bem maior do que estamos propondo”, afirmou.
A expectativa do governo é que o rombo da Previdência este ano chegue a R$ 180 bilhões. Em audiência pública da Comissão Especial da Reforma da Previdência, na Câmara dos Deputados, Marcelo Caetano também criticou o acúmulo de aposentadorias e pensões.
De acordo com o secretário, o Brasil está descolado em relação aos demais países latino americanos e até europeus em relação ao gasto com pensão por morte.
O secretário disse que, em 1992, umem cada dez segurados acumulava pensão e aposentadoria. Em 2014, já eram três em cada dez. Este, segundo ele, foi um dos motivos para que a reforma proposta pelo governo proíba a acumulação de aposentadoria e pensão. Caetano disseque a reforma no regime de aposentadorias proposta pelo governo federal é “puro sangue”. “Ninguém de fora do serviço público meteu o bedelho para construir isso daqui”, frisou o secretário durante a audiência pública.
Caetano destacou que apenas técnicos do governo participaram da elaboração das propostas, em resposta ao deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que havia perguntado sobre quem havia assessorado a construção do texto.
Oposicionistas voltaram a criticar o secretário por ter recebido representantes de bancos, instituições financeiras e agências de classificação de risco para reuniões antes de apresentar a proposta.