MAO NA VAGA
Mesmo sem empolgar, Vasco conta com o oportunismo de Thalles para vencer a Portuguesa e ir à semifinal da Taça Guanabara.
Ídolo da torcida, o goleiro Martín Silva completou ontem 150 jogos com a ca- misa do Vasco, em São Januário. Pouco exigido, ainda festejou o fato de não sofrer gols em um dia tão especial. Mas o herói da tarde foi Thalles. Em sua volta ao time titular, após superar uma amigdalite, o talismã fez o gol da vitória por 1 a 0 sobre a Portuguesa e garantiu a classificação cruzmaltina às semifinais da Taça Guanabara — contra Flamengo ou Madureira.
“Estou muito feliz, pois as coisas estão acontecendo e os gols têm saído. O de hoje (ontem) foi muito importante, em um momento decisivo, já que vínhamos pressionando a Portuguesa desde o primei- ro tempo”, afirmou Thalles, que a partir de terça-feira terá a concorrência de Luís Fabiano pela camisa 9 — o atacante chegará ao Rio e será apresentado oficialmente.
O calor inclemente do ve- rão carioca foi um adversário de peso para as duas equipes, que iniciaram o jogo em ba- nho-maria. Muitas trocas de passe e pouca velocidade, fa- zendo valer a velha máxima de Neném Prancha de que quem corre é a bola. Mesmo assim, o Vasco, superior tecnicamente, dominou o adversário e praticamente não suou a camisa para se defender.
Com Nenê pouco inspirado na criação de jogadas, coube a Bruno Gallo comandar a marcação alta do Vasco, que encurralou a Portuguesa. Surgiram, então, boas chances de gol, com Jean, aos sete, Nenê, aos oito e aos 15, e Bruno Gallo, aos 21 e aos 27 minutos. Rodrigo, aos 24, ainda acertou a trave. Bola na rede, porém, só na segunda etapa, quando Cristóvão Borges, no intervalo, pôs Escudero e Wagner em campo.
A mexida deu resultado aos 17 minutos. Escudero deu uma de lateral e cruzou na medida para Thalles, que, de cabeça, fez 1 a 0. Mesmo diante de um adversário inofensivo, o Vasco ainda levou um susto, em chute de William Amendoim, aos 24, que explodiu na trave. Nada que ameaçasse a vitória e a classificação para a semifinal.