O Dia

Reforma da Previdênci­a poderá ter mudanças

Deputados de vários partidos se movimentam para evitar que proposta do governo para concessão de benefício seja aprovada como está. Veja os principais pontos a ser alterados no texto original.

- MARTHA IMENES martha.imenes@odia.com.br

Aproposta de Reforma da Previdênci­a — fixa idade mínima de 65 anos para homens e mulheres poderem se aposentar pelo INSS, cria regras de transição para homens e mulheres com 45 e 50 anos, respectiva­mente, e muda os cálculos de benefícios — que tramita na Comissão Especial da Câmara nem foi aprovada ejápo demudar. Parlamenta­res cont rá riosàP EC 287 têm criticado a proposta do Executivo e cobram, senãoa retira dada pauta, a mudança de alguns tópicos.

Para o deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ) — membro da Frente Parlamenta­r Mista em Defesa da Previdênci­a Social composta por deputados e senadores — “transforma­r regras da Previdênci­a desta forma é perverso e cruel”. A afirmação encontra coro: “Jamais imaginei que alguém fosse propor algo tão cruel. A Reformada P revi dênciaé perversa evai massacrar os mais pobres ”, critica o deputado federal Alessandro Molon( Rede-RJ ), queé membro titular da Comissão Especial que analisa a reforma.

Os dois deputados cobram uma maior discussão sobre o tema, inclusive a análise das contas da Previdênci­a, que segundo eles, não é deficitári­a.

E a reforma encontrará resistênci­a no Congresso. O senador Paulo Paim (PT-RS) advertiu que a PEC 287 também será combatida no Senado. “Defendemos a retirada ou a rejeição dessa proposta para que possamos debater sobre patamares decentes, porque esse apresentad­o pelo governo é indecente”, reclama Paim.

ALTERNATIV­A

Desde antes da apresentaç­ão da PEC, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical, que faz parte da base aliada do governo, tem criticado pontos da reforma. E junto com outros parlamenta­res elaborou uma proposta alternativ­a para modificara PEC enviada pelo Executivo. A emenda, inicialmen­te assinada por ele e pelo deputado Arnaldo Faria de Sá( PT B- SP) ganhou mais 23 autores. “Conseguimo­s mais de 262 assinatura­s”, diz Paulinho, que deve apresentar­a proposta de emenda na terça-feira.

“Entre as medidas que vamos propor está a adoção de idade mínima de 60 anos para homens e 58 para mulheres. Os 65 anos como quer o governo é injusto”, reconhece. De acordo com ele, a regra de transição deve ser de 30% “para que todos possam contribuir e não só uma parcela dos trabalhado­res”.

“Defendemos também um aba sede 60% para calculara aposentado­ria, ao contrário doque pretende o governo, subindo um ponto percentual acada ano ”, conta.

A proposta do governo altera o cálculo dos benefícios (que passaria a ser 51% sobre a média das maiores contribuiç­ões), mais um ponto percentual acada a node contribuiç­ão.

Outro ponto, segundo ele, é acumulativ­idade de aposentado­ria e pensão, que seria permitida“desde que os dois juntos não ultrapasse­m oteto”,qu eh ojeéR $5.531,31.

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