O Dia

Jornal francês denuncia que Rio sediou Jogos Olímpicos após ter dado propina a cartola do COI

Valor de US$ 2 bilhões teria sido depositado em contas de filho de membro do COI por empresário ligado ao ex-governador Sérgio Cabral

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O jornal francês ‘Le Monde’ noticiou ontem que ajustiça francesa encontrou elementos concretos que apontam para corrupção na eleição do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Segundo o periódico, o Grupo Facility , do empresário brasileiro ArthurCe sarde Menezes Soares Filho, amigo doexgo vernador Sérgio Cabral, depositou ao meno sUS $2 milhões em contas da empresa de Papa Massata Diack, filho deLamineDi­ack,ex-presidente da Associação Internacio­nal das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) e membro do Comitê Olímpico Internacio­nal (COI).

A transação ocorreu três dias antes da votação par acidade-sede, em 2009, em Copenhague. O Rio foi eleito com 66 votos, contra 32 de Madri. Também concorre ramas cida desdeChica­go e Tóquio. O diretor de Comunicaçã­o da Rio 2016, Mário Andrada, afirmou que a eleição foi limpa. “O resultado final mostra uma larga diferença de votos e anula essa hipótese de compra devotos. Agente não tem a menor dúvida de que o Rio ganhou deforma limpa e justa ”. Andrada disseque o Comitê Organiza dornão foi procurado pelos investigad­ores franceses nenhum aveze que todos os documentos estão disponívei­s para apuração.

Em nota, o COI disse ser parte no processo que corre na justiça francesa e afirmou que está comprometi­do em esclarecer­a situação .“Essa cooperação já levou a ofato de que o Sr. Lamine Diack, que era membro honorário do COI, não ocupa nenhuma função (no órgão) desde novembro de 2015. O COI vai entrar em contato com as autoridade­s judiciais francesas novamente para receber as informaçõe­s nas quais a reportagem do Le Monde parece se basear”, informou, em nota.

Nas gestões de Cabral, o Grupo Facility chegou a ser o maior prestador de serviços privado do Estado do Rio, somando contratos da ordem R $3 bilhões. Em 2014, a empresa foi vendida para a Prol, com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, que manteve contratos com o governo do Rio. O Grupo Prol informou não ter relação com o Facility e que o empresário não faz partedo seu quadro de sócios. O advogado de ArthurCes ardisse desconhece­ras denúncias, investigad­as pelo Ministério Público Financeiro de Paris.

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MÁRCIO MERCANTE Jogos Rio 2016, que reuniram milhares de pessoas, foram decididos em 2009, em votação em Copenhague

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