Incêndio fere seis pessoas na Ilha
Laudo ainda não saiu, mas há suspeita de que botijão de gás tenha causado explosão
A Polícia Civil realizou uma perícia para descobrir o que provocou, ontem de manhã, a explosão que deixou seis pessoas feridas, sendo quatro da mesma família, dentro de um apartamento em um condomínio na Ilha do Governador. Um militar da Força Aérea Brasileira (FAB), sua esposa e os filhos do casal foram levados para o Hospital de Força Aérea do Galeão. Uma das crianças não ficou ferida e foi liberada. Os outros três, que sofreram queimaduras de segundo e terceiro graus, estão internados com quadro de saúde estável. O cachorro de estimação morreu.
Segundo testemunhas, um profissional de uma empresa de limpeza foi visto entrando no imóvel da família com um botijão que seria usado para impermeabilizar um sofá. Os peritos tentam descobrir se o material usado no serviço era inflamável. O apartamento, localizado no Condomínio Almirante Alves Câmara, no bairro Moneró, ficou destruído. As chamas atingiram três andares. O técnico da empresa de limpeza, identificado como Daniel Silva de Castro, 19 anos, foi levado para o Hospital Evandro Freire. Segundo a direção da unidade, o jovem sofreu queimaduras leves, mas vai permanecer internado em observação.
A Defesa Civil interditou os 12 apartamentos do bloco por três horas para vistoria no prédio. Após a perícia,os moradores foram autorizados a voltar para os imóveis. Só o apartamento 103, onde ocorreu a explosão, permanece interditado. “Não corre o risco de desabar, mas está sem condições de habitabilidade. Para liberar, os moradores terão que contratar um engenheiro para planejar as obras”, explicou o engenheiro da Defesa Civil, LuizAndréAlves.
A Ceg informou que quando chegou no prédio verificou que o fornecimento de gás já estava interrompido e que as medidas de segurança já haviam sido tomadas pelo Corpo de Bombeiros. A Companhia afirmou que, após vistoriar os imóveis, não identificou relação do acidente com o fornecimento de gás. A Polícia Civil informou que a 37ª DP (Ilha) abriu inquérito.
A família que se feriu na explosão era do Acre e morava na Ilha há menos de dois meses. O vizinho, Kennedy Falqueto, 34, disse que a explosão ocorreu no momento em que uma das vítimas acendeu o fogão para ferver água para preparar café.