O Dia

Estado paga RAS atrasado na terça

Governo quita dois meses de horas extras de categorias da Segurança. Medida não diminui insatisfaç­ão

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Ogoverno estadual pagará, na próxima terça-feira, R$ 6 milhões referentes a horas extras de servidores da área da Segurança Pública que estão pendentes. De acordo com o estado, a Polícia Civil receberá o Regime Adicional de Serviço (RAS) do mês de julho de 2016. Já o pessoal da Secretaria de Administra­ção Penitenciá­ria (Seap) terá o crédito do RAS de agosto e setembro e, para os militares do Corpo de Bombeiros, será depositado o RAS de julho e agosto.

Na última quinta-feira, o estado depositou o RAS de agosto dos policiais civis. E no dia 24 de fevereiro — véspera de Carnaval — creditou R$ 13 milhões de horas extras referentes a agosto e setembro aos PMs.

Com o pagamento da próxima terça, o estado reduz o débito que tem com as categorias, o que não é suficiente para amenizar a insatisfaç­ão desses servidores, que ainda acumulam outras pendências, como RAS dos outros meses do 2º semestre de 2016 até fevereiro de 2017, além de gratificaç­ões.

Em greve há mais de um mês, os policiais civis ainda reivindica­m o décimo terceiro salário — que está pendente para a maioria das categorias do funcionali­smo do Executivo estadual.

Presidente eleito do Sindicato dos Policiais Civis do Rio (Sindpol-RJ), Márcio Garcia garantiu que a greve continuará. “Os policiais continuam aguardando o 13º, as horas extras dos últimos seis meses (setembro de 2016 a fevereiro de 2017) e a gratificaç­ão de produtivid­ade desde o 2º semestre de 2015”, declarou ele, citando ainda atrasos salariais: “Somado a isso, a cada mês somos surpreendi­dos com atrasos no pagamento dos salários, o que torna impossível qualquer planejamen­to financeiro”.

A “diferença de tratamento” entre as categorias da Segurança é um ponto criticado pelo presidente da Associação dos Bombeiros Militares (ABMERJ), Mesac Eflain. Ele destaca que, em 24 de fevereiro, o estado anunciou o pagamento de dois meses de RAS da PM e de um mês da Polícia Civil, “deixando os bombeiros de fora”. “A ABMERJ já havia criticado isso. Agora, a inclusão da categoria foi vista como uma atitude prudente do estado. Pagar uma força e deixar outra esquecida só aumenta a insatisfaç­ão. Vale ressaltar que a insatisfaç­ão maior é com o 13º. Queremos o pagamento integral do abono e o salário em dia”, disse à coluna.

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ESTEFAN RADOVICZ Policiais civis ainda esperam crédito de horas extras de setembro de 2016 a fevereiro de 2017, premiações desde 2015 e mais o décimo terceiro

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