O Dia

Baphônicas no Desacato

Show do grupo formado por drag queens comemora o Dia Internacio­nal da Mulher

- BRUNNA CONDINI brunna.condini@odia.com.br

ODia Internacio­nal da Mulher, celebrado na próxima quarta-feira, 8 de março, dá visibilida­de às conquistas femininas ao longo dos tempos: a batalha diária por igualdade de direitos, libertação de padrões opressores e empoderame­nto para dar e vender. Pegando a data como inspiração, a banda Baphônicas — formada por Chloe Van Damme, nome artístico de Daniel Augusto Barroso, Natasha Fierce (Vinícius Rosalvos) e Ravena Creole (Robson Dinair) — vai se apresentar no bar e restaurant­e Desacato, no Leblon, na quinta-feira, às 19h. Primeiro exclusivam­ente composto por drag queens no Rio, o grupo montou um repertório animado especialme­nte para a data.

“É uma noite para celebrar. Vai ter uma hora de show de cada uma de nós, acompanhad­as por um DJ, e por fim, uma performanc­e das três. Vamos fazer músicas pop brasileira­s, com uma pegada de ‘girl power’ em todas, e vamos priorizar os temas femininos. Vai ser bem divertido”, diz Ravena.

Ilma Dias, gestora de marketing do Desacato, conta que o show gratuito foi idealizado para ser uma homenagem a todos os tipos de mulheres, e também para festejar a diversidad­e.

“É uma questão de respeito. Trazer uma banda de drags como atração, além do talento do grupo, é um sinal de que estão convidadas todas as pessoas que se identifica­rem como mulheres. Aliás, todas as tribos são bem-vindas”, garante.

Ilma conta que o bar tem um histórico de abrir espaço para eventos que levantem bandeiras de combate ao preconceit­o. “O nome ‘desacato’ não foi escolhido à toa”, diverte-se. “Já tivemos a oportunida­de de abrigar desfiles da Daspu (grife de roupas femininas, criada por prostituta­s, e lançada em 2005 na Praça Tiradentes). E está nos nossos planos trabalhar cada vez mais nesse caminho”.

A drag Ravena reconhece a importânci­a de os lugares se abrirem para apresentaç­ões como esta: “Quando ocupamos também esses espaços, as pessoas se aproximam do universo que desconhece­m, isso ajuda a combater o preconceit­o.Saímosdasb­oates,dosguetos, e ganhamos mais visibilida­de”, conclui. Ela revela que a banda foi criada através do grupo Drag-Se, coletivo presente na noite LGBT carioca. O grupo também se prepara para gravar o primeiro CD, totalmente autoral, com muito pop brasileiro. “O show de quinta vai ser uma celebração ao feminino. Como drags nos encontramo­s nesse universo, entãoéumah­omenagemme­smo. O público pode esperar uma noite cheia de diversão, brilho e ‘close’. Queremos quebrar todos os preconceit­os com humor e diversão. É para isso que estamos aí”, convoca Ravena.

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DIVULGAÇÃO/KAIQUE TALLES A banda Baphônicas: repertório pop e temas femininos

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