O Dia

UERJ À ESPERA DA SALVAÇÃO

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Como Fabiane Soares (foto), os 42 mil estudantes da principal universida­de do estado vivem há meses sob a incerteza de saber quando começa o ano letivo. Pioneira em várias áreas da educação, nstituição é uma das principais prejudicad­as pela crise financeira do Rio de Janeiro.

>A história da Uerj é uma lição de cidadania. Na década de 1970, foi a primeira universida­de a criar cursos noturnos, possibilit­ando ao trabalhado­r estudar. Também foi pioneira no sistema de cotas. Hoje, tem 9,5 mil cotistas, sendo que 7,5 mil deles recebiam auxílio permanênci­a de R$ 450. Mantém mais de 700 programas de extensão em vários municípios.

A Uerj é responsáve­l pelo Hospital Universitá­rio Pedro Ernesto (HUPE), um dos maiores do R iode Janeiro, referência em radioterap­ia e quimiotera­pia, maternidad­e de alto risco, cirurgia cardíaca,hemodiális­es e transplant­es, pela Policlínic­a Piquet Carneiro( P PC) e pela Universida­de Aberta da Terceira Idade (UnATI).

Agora, tudo está ameaçado. Inclusive, a formatura de Fabiane Soares, 25, que está no último período de Serviço Social. “Minha formatura estava prevista para dezembro do ano passado, mas o segundo semestre de 2016 não começou. Estou preocupada”.

Na quinta-feira 23, o fórum de diretores da Uerj se reúne e existe a possibilid­ade de as aulas começarem no dia 27, caso entre dinheiro. O reitor Ruy se agarra nessa hipótese. “Acho que a gente vai superar a crise e voltar a crescer. Tenho que ser otimista. É a única coisa que me resta”.

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