CARTA ABERTA A VOCÊ (COM MAIS DE 40 ANOS)
Querido Leitor! Com ou sem reforma, a Previdência Social vai continuar sendo um problema de “inseguridade” social. Pelo simples fato de que os governos, os políticos e os corruptos vão continuar sendo o que são: “governos”, “políticos” e “corruptos”. Gêneses da má gestão, da improbidade administrativa e da irresponsabilidade fiscal, financeira ou monetária. Eternos delinquentes com o dinheiro público, o dinheiro dos contribuintes, o dinheiro dos trabalhadores. Essa é a péssima notícia.
A ótima notícia é que seu filho ou sua filha já sabe disso e não vai repetir o erro de apostar o futuro no Estado — só capaz de produzir estado de coisa, estado de nervo e estado de calamidade. Eles fazem parte do que eu chamo de geração baby chip, que já vem com DNA digital e é focada em inovação e transformação, ou seja, conhecimento em movimento. O barato dessa turma é sonhar com a nova Apple, o novo Google, o novo Facebook, o novo Twitter, o novo Whatsapp, o novo Instagram... o novo e ponto. Os jovens querem “acesso” pela tecnologia e “ascensão” pelo empreendedorismo.
Ninguém quer saber de INSS, FGTS, CLT... Eles também não têm respeito ou expectativa diante de partidos como PT, PMDB e PSDB. Não se trata de ingratidão (a culpa não é da garotada); se trata de incerteza, insegurança e incapacidade (a culpa é dos políticos). As três siglas governam o país por mais de três décadas, sem oferecer aos moços e moças projetos sólidos e perspectivas sustentáveis. Não me refiro a garantia de emprego público ou facilidade no setor privado — coisas que não seduzem a moçada de hoje. Eu falo de oportunidades de empreendimento com crescimento e de negócio sem ócio.
Os jovens não esperam dos mais velhos ou velhacos soluções fáceis para suas vidas. Eles só esperam que não dificultem ou não atrapalhem seus planos e sonhos. E assim desprezam rotinas, hábitos e costumes baseados em fome de dinheiro e sede de poder. É por isso que no Brasil — e no mundo — políticos tradicionais estão, aos poucos, morrendo de fome e de sede, sendo “chipados” pelo poder da nova geração.