O Dia

CARTA ABERTA A VOCÊ (COM MAIS DE 40 ANOS)

- Alex Campos

Querido Leitor! Com ou sem reforma, a Previdênci­a Social vai continuar sendo um problema de “insegurida­de” social. Pelo simples fato de que os governos, os políticos e os corruptos vão continuar sendo o que são: “governos”, “políticos” e “corruptos”. Gêneses da má gestão, da improbidad­e administra­tiva e da irresponsa­bilidade fiscal, financeira ou monetária. Eternos delinquent­es com o dinheiro público, o dinheiro dos contribuin­tes, o dinheiro dos trabalhado­res. Essa é a péssima notícia.

A ótima notícia é que seu filho ou sua filha já sabe disso e não vai repetir o erro de apostar o futuro no Estado — só capaz de produzir estado de coisa, estado de nervo e estado de calamidade. Eles fazem parte do que eu chamo de geração baby chip, que já vem com DNA digital e é focada em inovação e transforma­ção, ou seja, conhecimen­to em movimento. O barato dessa turma é sonhar com a nova Apple, o novo Google, o novo Facebook, o novo Twitter, o novo Whatsapp, o novo Instagram... o novo e ponto. Os jovens querem “acesso” pela tecnologia e “ascensão” pelo empreended­orismo.

Ninguém quer saber de INSS, FGTS, CLT... Eles também não têm respeito ou expectativ­a diante de partidos como PT, PMDB e PSDB. Não se trata de ingratidão (a culpa não é da garotada); se trata de incerteza, inseguranç­a e incapacida­de (a culpa é dos políticos). As três siglas governam o país por mais de três décadas, sem oferecer aos moços e moças projetos sólidos e perspectiv­as sustentáve­is. Não me refiro a garantia de emprego público ou facilidade no setor privado — coisas que não seduzem a moçada de hoje. Eu falo de oportunida­des de empreendim­ento com cresciment­o e de negócio sem ócio.

Os jovens não esperam dos mais velhos ou velhacos soluções fáceis para suas vidas. Eles só esperam que não dificultem ou não atrapalhem seus planos e sonhos. E assim desprezam rotinas, hábitos e costumes baseados em fome de dinheiro e sede de poder. É por isso que no Brasil — e no mundo — políticos tradiciona­is estão, aos poucos, morrendo de fome e de sede, sendo “chipados” pelo poder da nova geração.

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