O Dia

CLÁSSICO NAS MÃOS DE GRINGOS

Martín Silva e Gatito são atrações do duelo entre Vasco e Botafogo

- HUGO PERRUSO hugo.perruso@odia.com.br MARCELO BERTOLDO marcelo.bertoldo@odia.com.br

Ofutebol brasileiro se acostumou a contar com muitos sul-ameri- canos e, ainda assim, só o clás- sico de hoje entre Vasco e Botafogo, às 18h30, no Estádio Nil- ton Santos, contará com dois goleiros de seleção. Convoca- dos por Uruguai e Paraguai pa- ra as Eliminatór­ias da Copa de 2018, Martín Silva e Gatito Fernández terão o último tes- te antes de se apresentar­em.

Em comum, ambos vão en- carar o Brasil pelas Elimina- tórias. O uruguaio tem gran- de chance de estar em campo, já que o titular Muslera es- tá suspenso, enquanto o para- guaio deve assistir do banco. Os dois também chegaram ao país em 2014 e se conhe- cem desde quando eram ri- vais no Paraguai.

Quando Martín defendia o Olimpia, Gatito era do Cerro Porteño. Eles se enfrentara­m duas vezes em 2013 e o para- guaio levou a melhor: uma vi- tória e um empate.

Quase quatro anos depois, os dois voltam a se encontrar em momentos diferentes na carreira. No Vasco desde 2014, Martín Silva se firmou no futebol brasileiro como ídolo de um grande clube. Já são 154 partidas pelo Cruzmaltin­o e dois títulos estaduais (2015 e 2016), ambos sobre o rival de hoje.

CARREIRAS DISTINTAS

Mesmo bem com a torcida, Martín sabe que a vida não está fácil, com o time em crise, sem técnico — Valdir Bigode comandará a equipe hoje no lugar de Cristóvão Borges — e a torcida insatisfei­ta. E o clássico pode ser uma boa forma de começar a mudar o panorama.

“Agora é impossível pensar em seleção. Nossa fase não é a melhor aqui e preciso de 100% de concentraç­ão no Vasco para superála. Ainda tem o clássico com o Botafogo, de muita tradição”, disse Martín, elogiando o rival paraguaio. “Gatito é um bom goleiro, tem regularida­de e um estilo que eu gosto.”

Se Martín já está consolidad­o, Gatito ainda trabalha para isso. No Brasil desde 2014, destacou-se na Série B pelo Vitória e no Brasileiro de 2016 pelo Figueirens­e, o que o fez ganhar uma chance no Botafogo. O início não foi fácil. Contestado, chegou a perder a posição para Helton Leite, porém, sua redenção veio na heroica classifica­ção para a fase de grupos da Libertador­es, com direito a três defesas na decisão de pênaltis contra o Olimpia. “Em pouco tempo no clube já passei um pouco de tudo. É um momento muito bom e feliz, não só pessoal, mas pelo grupo. Acho que foi o primeiro título do ano para o nosso time. E me deixa tranquilo saber que em pouco tempo conseguimo­s essa meta que tínhamos”, destacou.

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PAULO FERNANDES/VASCO.COM.BR
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