O Dia

Jonas Lopes recebe autorizaçã­o para deixar o país

Ex-presidente do TCE fechou delação premiada e teria apontado conselheir­os do órgão e megaempres­a de serviços

- ADRIANA CRUZ adrianacru­z@odia.com.br

Delator do esquema de corrupção que envolve empresas, políticos, prefeitos e conselheir­os do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o ex-presidente da Corte, Jonas Lopes de Carvalho, a mulher, o filho de dele, o advogado Jonas Lopes Neto, anora e os dois netos já estão for ado país. A autorizaçã­o da viagem da família, por 40 dias, foi concedida pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Felix Fischer. Jonas comandou o tribunal de 2011 a 2016, ápice das obras da Copa do Mundo e da Olimpíada.

Nos bastidores é dado como certo que o ex-presidente, atualmente licenciado, apontou seis conselheir­os e um ex-membro da Corte como integrante­s do esquema de propina, além de prefeitos e megaempres­a de prestação de serviço cujo dono fez fortuna durante a gestão doe x-governador Sérgio Cabral, preso no fim do ano passadona Operação Calicute. Hoje, ele e mais 11 pessoas são réus na Justiça Federal por desvios dos cofres públicos avaliados em R$ 224 milhões.

Jonas também revelou no acordo convênios fraudulent­os no governo Cabral. Mas há uma grita geral em relação à credibilid­ade da delação porque ele não denunciou esquema na prefeitura de um grande aliado político ques e confunde coma sua trajetória de vida. Aos mais íntimos, Jonas contou que decidiu ajudar as investigaç­ões da Procurador­ia-Geralda República( PGR) para salvara carreira do filho, ainda considerad­o um jovem advogado.

Para Lopes abrir o‘ bico’ pesaram as acusações contra Jonas Neto deter clientela, principalm­ente de prefeitos, que se beneficiav­am coma paralisaçã­o de fiscalizaç­ões na Corte. A atuação do filho levou Jonas ase indispor até comum conselheir­o que foi avisá-lo do fato do esquema ser comentado nos bastidores da Corte e até na Assembleia Legislativ­a (Alerj).

O tribunal começou a ser exposto a partir da delação de dois ex-executivos da Andrade Gu ti errez, Clóvis Renato Primo e Rogério Nora de Sá. Eles contaram que, para garantira aprovação dos contratos de o brase aditivos no TCE, pagaram propina noval orde1%d odin hei rore passadoà empreiteir­a.

Como então presidente do tribunal, Jonas tinha o poder de paralisar as fiscalizaç­ões do corpo instrutivo do TCE nas obras do Maracanã, Arco Metropolit­ano, PAC das Favelas e Linha 4 do Metrô. Esses procedimen­tos, segundo investigaç­ão da Polícia Federal, ficaram‘ engavetado­s’ no gabinete do então presidente. Só nocas odo Maracanã eram 22 processos parados no TCE.

Até na casa de Jonas foram apreendido­s documentos referentes às obras. Os investigad­ores recolheram três celulares, um deles com linha dos Estados Unidos que serviria para negociaçõe­s com empreiteir­as e políticos.

Ex-presidente tinha o poder de paralisar investigaç­ões do TCE em grandes obras do estado

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DIVULGAÇÃO Jonas Lopes presidiu o TCE de 2011 a 2016, período de grandes obras para a Copa do Mundo e a Olimpíada

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