Carnes de três frigoríficos suspeitos serão recolhidas
Determinação é de órgão do Ministério da Justiça. Grandes supermercados, no entanto, já vêm retirando das gôndolas os produtos investigados por fraude
Três frigoríficos investigados na Operação Carne Fraca vão ter que recolher produtos do mercado e reembolsar os consumidores que tenham comprado suas mercadorias. A determinação é da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça. Os frigoríficos Peccin, Souza Ramos e Transmeat, todos do Paraná, terão cinco dias para dar início ao recall.
A medida atinge apenas as empresas que apresentam problemas sanitários graves, já que a maior par tedos 21 Polícia Feder alna operação está sob suspeita de corrupção e não de problemas comseusprodutos.
A Senacon abriu procedimentos para apurar as implicações da Operação Carne Fraca e notificou as empresas JBS (das marcas Friboi e Seara), BRF (Sadia e Perdigão), Larissa e Mastercarnes, citadas pela Polícia Federal, a também prestarem esclarecimentos A determinação do recall foi feita após pedido de informação ao Ministério da Agricultura, que repassou dados de auditorias em 21 frigoríficos.
Em relação à Peccin, localiza em Curitiba, o Ministério encontrou “suspeita de risco à saúde pública ou adulteração”. O frigorífico foi o que apresentou os problemas sanitários mais graves, como uso de carne fora da validade em embutidos e armazenamento em condições de resfriamento inadequadas.
Já o estabelecimento da Souza Ramos, em Colombo, não tem controle eficiente de sua produção e o Transmeat não tem capacidade de rastrear seus produtos.
Grandes redes de supermercados — como Carrefour, Walmart, Extra e Pão de Açúcar — já tinham retirado das prateleiras os produtos fabricados pelos frigoríficos interditados pela Polícia Federal.
A Senacon orientou os consumidores a manterem aves cruas congeladas ou refrigeradas e separadas de outros alimentos, optar por carnes bovinas que tenham selo de qualidade e não consumir carnes com aspecto escuro ou esverdeado.