Está faltando bandido para a Polícia Federal
Na página dos 10 mais procurados da PF só tem nove figuras, apesar de o Brasil ter meio milhão de foragidos. Suspeito de enviar 60 fuzis ao Rio continua fora das listas
Assim como os três mosqueteiros eram quatro, os 10 mais procurados da Polícia Federal brasileira são nove. No país que tem meio milhão de foragidos (564.198 mandados de prisão estão em aberto, segundo o Conselho Nacional de Justiça), o que não falta é criminoso procurado. Menos para a PF, que mantém um link em sua página na internet, com os 10 mais procurados, mas onde aparecem somente nove criminosos, sendo que um deles, Carlos Eduardo do Amaral Pinheiro, 50 anos, foi preso pelos próprios federais há três meses.
Dentre os oito mais procurados pela PF, estão acusados de crimes como sequestro,
A gente não explora o potencial da internet. Tanto para captura, quanto na operação psicológica.
tráfico de pessoas, abuso sexualcontracriançasehomicídios. Três deles são estrangeiros: o suíço Roger Ulrich, o chileno Marco Rodolfo Rodrigues Ortega e o colombiano William Gaona Becerra, os dois últimos condenados pelo sequestro do publicitário Washington Olivetto, em 2001. Na lista, estão duas mulheres. Vilma Cristina de Oliveira, procurada por tráfico internacional de pessoas, e Silvana Seidler, acusada de matara própria filha, uma menina de sete anos.
No álbum da Federal tem espaço, por exemplo, par afiguras co moado traficante de armasFrederik Barbieri, suspeito deter enviado ao Rio 60 fuzis escondidos no interior de aquecedores de piscina. A carga, proveniente de Miami, onde Barbieri mora, foi apreendida pela Polícia Civil carioca. O nome dele não consta como procurado no sistema da Interpol, do FBI, nem há mandados de prisão em seu nome no Sistema Nacional de Mandados de Busca. Assim, ele ainda pode entrar no país sem impedimento, como já fez outras vezes desde que um mandado de prisão foi expedido pela Justiçada Bahia, em 2015. Ofato de ono mede lenão ter sido incluído no sistema federal será objeto de investigação do Ministério Público Federal.
“Agente, aquino Brasil, não explora todo o potencial da internet, tanto como ferramenta de captura, quanto no senti domais amplo de operação psicológica, paraintranq ui lizar os criminosos e atrair o apoio da população”, lamenta o especialista em segurança pública Vinicius Cavalcante, diretor regional da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança (Abseg). O Disque-Denúncia, do Rio de Janeiro, é um exemplo de sucesso. Desde que lançou um aplicativo, em agosto do ano passado, já registrou 4,3 mil denúncias. Além de suspeitos de crimes e foragidos da Justiça, o projeto se ampliou para receber informações sobre transgressões ambientais e violações de direitos humanos.
Procurada, a Polícia Federal informou que “em breve haverá atualização”. Mas, quem tiver informações sobre o paradeiro dos oito mais procurados pela PF, deve enviare-mailparaprocurados@ dpf.gov.br ou mandar um Whatsapp (61) 99262-8532.