Falência na área de Segurança é dramática
Ontem foi enterrado o 89º policial assassinado no estado. Índices de violência disparam em 2017
Acrise financeira e administrativa do estado é motivo do sofrimento da população. Entretanto, a ruína da política de Segurança Pública é a que causa mais dor. O aumento vertiginoso dos índices de crimes violentos escancara a fragilidade no combate aos criminosos e a vulnerabilidade do cidadão e dos próprios policiais. Sepultar os agentes encarregados de proteger a população virou uma triste rotina. Ontem, o soldado Bruno dos Santos Leonardo, de 29 anos, foi enterrado no Cemitério Municipal de Queimados, na Baixada Fluminense.
O policial militar foi morto com um tiro na cabeça durante um ataque de bandidos no Morro da Mangueira. Na ocasião, outro PM foi baleado na perna.
Pelas contas da Polícia Militar, 89 PMs foram mortos em 2017. “É provável que no final deste ano, o número seja maior do que o registrado em 2016”, reconhece a própria corporação, que justifica a mudança de metodologia como uma das causas. No ano passado 146 PMs tombaram.
Paraocidadãocomum,asituaçãonãoédiferenteeomedodesairdecasaéjustificado pelosdadosdoInstitutodeSegurança Pública (ISP). Somente em maio, foram registrados 11,3 mil roubos de rua. Melhor perder a liberdade de ir e vir do que a vida. Afinal, nos cinco primeiros meses de 2017, 2.329 pessoas foram assassinadas no estado, média de 15 por dia, um aumento de 11%secomparadocomomesmoperíodode2016(2.099homicídios dolosos).
Levantamento do instituto Paraná Pesquisas, divulgada pelo DIA, na semana passada, revelou que para 37,7% dos fluminenses, o maior problema do estado é a falta de segurança. A Saúde foi citada por 21,2% dos entrevistados. A questão da falta de segurança levou o prefeito Marcelo Crivella a se reunir com o governador em exercício, Francisco Dornelles, para, juntos, fazerem um apelo por apoio federal à luta contra a violência. O Governo Federal, por sua vez, chegou a anunciar, no mês passado, que o tão esperado Plano Nacional de Segurança Pública começaria justamente pelo município do Rio. Porém, ficou só na promessa.
Pesquisa mostra que para 37,7% dos fluminenses a falta de segurança é o principal problema