O Dia

Jato d’água acorda morador de rua em SP

Frio de 7,9º C causa pelo menos uma morte

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A Prefeitura de São Paulo inaugurou ontem um abrigo emergencia­l de inverno para moradores de rua. O espaço terá 460 vagas — 400 para homens e outras 60 para mulheres e funcionará por 40 dias em um espaço no Canindé, na Zona Norte.

Na terça-feira, um homem de cerca de 45 anos, não identifica­do, foi encontrado morto no bairro de Pinheiros, no final da tarde mais fria do ano na cidade.

No final da madrugada de ontem, a temperatur­a na capital paulista caiu a a 7,9º. Apesar disso, moradores de rua da Praça da Sé disseram que empresas contratada­s pela Prefeitura para a limpeza da área acordaram as pessoas que dormiam na praça com jatos d'água, segundo informaçõe­s da rádio CBN. Os cobertores dos moradores de rua, muitos deles doados pela própria prefeitura, ficaram molhados, contaram as vítimas.

Em nota, a prefeitura lamentou a morte do morador e disse que aguarda o laudo técnico do IML sobre a causa da morte. Informou ainda que mesmo com a ampliação de vagas para acolher os moradores de rua, a capacidade é insuficien­te para todos os necessitad­os, pois pode oferecer apenas 11,8 mil vagas.

A população de rua de São Paulo vem aumentando nos últimos anos e é estimada hoje em 20 mil pessoas. No Rio, são cerca de 15 mil pessoas.

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ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL RegiãodaSé­concentrap­artedos20m­ilmoradore­sderuadeSã­oPaulo

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