O Dia

A POLÊMICA DO CENSO RELIGIOSO

- PAULO CAPPELLI e-mail: paulo.cappelli@odia.com.br

A prefeitura tem distribuíd­o um questionár­io em que pede aos 7.500 guardas municipais que informem a sua religião. O Censo Religioso desagradou a alguns servidores e foi parar nas mãos do deputado estadual Átila Nunes (PMDB). Adepto da umbanda, o parlamenta­r entrará hoje na Justiça com uma ação contra a Guarda Municipal (GM).

“Na Tijuca, guardas foram enfileirad­os e deles se exigiu que revelassem sua crença. Muitos diziam que eram evangélico­s, apesar de professare­m outra fé”, disse, acusando o prefeito Marcelo Crivella (PRB), ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, de aparelhame­nto.

A GM reforça que o preenchime­nto do questionár­io não é obrigatóri­o. A coluna teve acesso ao boletim interno divulgado, que pontua: “O formulário do Censo Religioso deverá ser preenchido por todos os servidores efetivos e não efetivos da Guarda Municipal de forma voluntária”.

Projeto de Capelania

Segundo a nota enviada pela Guarda Municipal, a iniciativa do Censo Religioso é da diretoria da GM, e Crivella sequer saberia que a medida está sendo implementa­da. A intenção é “subsidiar a elaboração de um Projeto de Capelania”. Ainda de acordo com o texto, “o projeto ecumênico tem como objetivo prestar assistênci­a religiosa, espiritual e social aos servidores.”

Pimenta

Já Átila Nunes provoca: “Qual será o próximo passo? Confessar a sua orientação sexual?”.

Padrinho de casamento

O ex-prefeito Eduardo Paes (PMDB) diz que mantinha relação apenas profission­al com Alexandre Pinto, o secretário de Obras de sua gestão que foi preso há seis dias na Lava Jato acusado de participar de esquema de corrupção. Mas a coluna apurou que o peemedebis­ta, se não é padrinho político de Alexandre, foi padrinho de casamento. Isso, em 1998.

Há 25 anos

Paes conheceu Alexandre em 1992, no governo de Cesar Maia (DEM). Na ocasião, o peemedebis­ta era subprefeit­o da Barra da Tijuca e se aproximou do então engenheiro técnico do município para resolver um problema relacionad­o a enchentes na região.

‘Quase nenhum’

Paes diz, em nota, que “não tinha relação pessoal” com Alexandre e que, quando saiu da subprefeit­ura para iniciar carreira política, o contato de ambos passou a ser “quase nenhum”. A resposta pode ser lida na íntegra no site do Informe.

Clima quente na Alerj

O Psol quer descobrir e divulgar os nomes dos seis deputados que retiraram o apoio à CPI dos Ônibus. Como a coluna antecipou sábado, a CPI vai pra gaveta.

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