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>Mesmo o Estado do Rio passando por uma crise financeira sem precedentes na história, especialistas avaliam que a venda da folha do funcionalismo do Poder Executivo é um bom negócio, principalmente, para os bancos interessados em adquirir o pacote. Segundo Gilberto Braga, a instituição financeira que vencer o pregão terá nas mãos mais de 450 mil servidores que necessitam frequentemente de empréstimos e estão no cheque especial devido aos atrasos de salários. Também vai administrar a circulação de dinheiro dos fornecedores e de pagamento de impostos e tributos estaduais.
“Para os bancos será um bom negócio. Haverá movimentação de todos os recursos do estado, como arrecadação, pagamento de fornecedores e a folha do funcionalismo público. Quem está em dificuldade financeira, sempre procura um banco, afirma Braga, referindose aos servidores estaduais com dois meses de salários atrasados.
Do ponto de vista do governo do Rio, a venda também será positiva pelo fato de que o estado será bem remunerado pela venda da folha dos serviços. Assim, avalia, o governo vai poder acertar os atrasados e dar uma respirada para tentar colocar a casa em ordem e diminuir a pressão que sofre por parte do funcionalismo. Gilberto Braga até vê vantagens no leilão para os servidores.
“Se por acaso o atual banco perder a folha, ele pode manter pelo menos os clientes e então pode
Há receio de o leilão ser contestado ou que o valor seja bloqueado devido a dívidas do estado
oferecer descontos em tarifas, reduzir taxas de juros entre outras medidas para segurar o cliente. E a instituição que entrar, numa eventual troca de banco vai querer atrair o servidor para ser seu cliente e também poderá oferecer vantagens”, explica o economista.
Há um receio no governo do Rio, no entanto: de o leilão ser contestado ou que o valor seja bloqueado devido a inúmeras dívidas com fornecedores e prestadores de serviço.