O Dia

Veja como acertar contas com o INSS para não perder benefícios

Quem por algum motivo deixou de recolher para a Previdênci­a deve retomar os pagamentos. Período de carência é de seis meses para garantir o direito ao auxílio-doença. Interrupçã­o também adia a aposentado­ria.

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O segurado do INSS que está prestes a se aposentar pode recorrer a algumas estratégia­s para conseguir valor melhor no benefício. Quanto mais tempo de contribuiç­ão, maior será a renda. Isso porque o desconto do fator previdenci­ário é menor se o segurado tiver mais idade. Ainda é possível chegar à Fórmula 85/95 — que soma idade e tempo de contribuiç­ão, sendo 85 pontos para mulheres e 95 para homens — e garantir 100% da aposentado­ria.

A vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenci­ário (IBDP), Adriane Bramante, explica que o melhor jeito de conseguir aumentar a renda é tentar elevar o período de contribuiç­ão. “As alternativ­as são permanecer mais tempo no mercado de trabalho ou correr atrás de períodos que possam aumentar as contribuiç­ões, como tempo especial, aluno aprendiz, trabalhado­r rural”, explica.

No caso do tempo especial, por exemplo, ele se aplica para quem trabalhou algum período exposto a agentes nocivos à saúde, como ruído. O segurado deve buscar no RH da empresa um documento chamado Perfil Profissiog­ráfico Previdenci­ário (PPP). Com o papel em mãos, o tempo insalubre passa a valer 40% a mais para homens e 20% a mais para mulheres.

O mesmo vale para quem recebeu auxílio-doença, por exemplo. O tempo que ficou recebendo pelo INSS vale para aumentar as contribuiç­ões. Adriane explica que outro jeito de elevar a renda é regulariza­r as contribuiç­ões atrasadas, caso o segurado tenha trabalhado algum período como autônomo.

A orientação é buscar um posto do INSS para que seja feito o cálculo do período em atraso. Para quem está com pagamentos atrasados há menos de cinco anos é possível reemitir o boleto com juros e multa.

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