Jerry Lewis morre aos 91 anos
Ídolo americano de comédias e humor pastelão morreu em casa. Dedicou seis décadas à carreira e atuou em campanhas sobre distrofia muscular.
Acomédia perdeu seu rei. Aos 91 anos, morreu ontem Jerry Lewis, ídolo de gerações em todo o mundo. Segundo a família, ele faleceu de causas naturais, em casa, em Las Vegas. “Posso confirmar com tristeza que o mundo perdeu um dos seres humanos mais significativos”, anunciou sua relações-públicas, Nancy Kane.
Um dos comediantes mais populares do cinema, com intensa carreira que se estendeu por seis décadas, Lewis aperfeiçoou a interpretação de palhaço irreverente, como no clássico ‘O Professor Aloprado’ (1963), e foi celebrado como escritor, ator e filantropo.
Lewis foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz, em 1977, pelos esforços incansáveis para promover a conscientização sobre a distrofia muscular. Ao longo de 45 anos, arrecadou cerca de 2,45 bilhões de dólares no combate à doença com um evento anual na televisão, que inspirou o Teleton, do SBT.
Nascido em Newark, Nova Jersey, com o nome de Joseph Levitch, filho de um casal de artistas de Nova York, Lewis subiu aos palcos pela primeira vez aos 5 anos. Aos 20, compôs uma das duplas mais icônicas do cinema, com o sedutor Dean Martin. Os dois arrebataram multidões com tombos, trotes e água gaseificada. O primeiro dos 17 sucessos dos dois foi ‘Amiga da Onça’ (1949).
Entre outros filmes notáveis estão ‘Deu a louca no mundo’ (1959), ‘O Rei dos Mágicos’ (1958) e ‘Rir é Viver’ (1984). Ele também ganhou elogios por seu papel dramático em ‘O Rei da Comédia’(1983), de Martin Scorsese, com Robert De Niro.
Sua arrecadação em bilheterias totalizou impressionantes 800 milhões de dólares, uma vez que ingressos de cinema
Seja um sucesso. Marque pontos. Conquiste a audiência rindo e feliz. Este é o segredo” JERRY LEWIS
não custavam mais de 50 centavos de dólar no auge da popularidade, nos anos 1960.
Nas últimas décadas, o comediante teve muitos problemas de saúde, mas estava determinado a trabalhar até quando fosse possível. Em 2011, chegou a participar da adaptação de ‘O Professor Aloprado’ para um musical da Broadway. “Tenho que terminar o que comecei”, disse Lewis ao Los Angeles Times em entrevista em 2010. “Quero fazer isto antes de partir”, concluiu.
O ator Jim Carrey referiu-se a Lewis como uma inspiração. “Foi um gênio inegável, uma bênção incomensurável, um comediante absoluto! O que sou devo a ele!”, tuitou.
Leandro Hassum, que tem um autógrafo de Lewis tatuado no braço, lamentou a morte do ídolo. “O céu está cada vez mais incrível”, postou no Twitter. Hassum contracenou com o veterano em ‘Até que a sorte nos separe 2’.