Coma Macaca, Sheikdecide
Ex-jogador do Botafogo marca os dois gols na vitória da Ponte Preta
Aimplacável ‘lei do ex’ não perdoou o Botafogo na derrota de 2 a 1 para a Ponte Preta, no Estádio Moisés Lucarelli. Com uma conturbada passagem pelo Glorioso, em 2014, Emerson Sheik marcou os gols dos donos da casa. Brenner, de pênalti, desencantou. O resultado negativo afastou o Alvinegro do G-6. Com 28 pontos, o time caiu para o nono lugar no Brasileiro, com pelo menos seis concorrentes na cola.
Focado no decisivo clássico diante do Flamengo, quarta-feira, pela semifinal da Copa do Brasil, o técnico Jair Ventura decidiu poupar a maioria dos titulares. Carli, suspenso, e o incansável Bruno Silva foram os ‘reforços’ que iniciaram o jogo. De uniforme preto, para reforçar a posição do clube contra o racismo, a equipe, com uma formação mais ofensiva, tentou assumir as rédeas desde o começo da partida. E perdeu chance incrível com o chileno Leo Valencia, que, na cara do gol, chutou para fora.
Aos 12, livre de marcação, Sheik abriu o placar após cobrança de escanteio. O Botafogo não acusou o golpe e manteve a postura. Do belo passe de Dudu Cearense teve origem o pênalti de Lucca sobre Arnaldo. Com categoria, Brenner converteu a cobrança para empatar.
Foi o primeiro gol do ata- cante em cinco jogos pelo clube. E ele poderia ter melhorado a estatística, mas perdeu uma ótima chance cara a ca- ra com Aranha. No fim do primeiro tempo, Jefferson, com duas defesas, evitou o pior.
Com Rodrigo Pimpão no lugar de Leo Valencia, que levou cartão amarelo com um minuto de jogo, o Botafogo diminuiu o ritmo na volta do in- tervalo. Mais incisiva, a Ponte Preta chegava com perigo. A saída de Leandrinho, machucado, deixou a equipe mais exposta ao contra-ataque. Jefferson multiplicava as defesas, mas nada pôde fazer para evitar o belíssimo chute de primeira de Sheik, da entrada da área, aos 42.
Nos acréscimos, Marcos Vinícius, de cabeça, acertou o travessão de Aranha, mas já era tarde. No domingo, o Botafogo encara o Bahia, na Fonte Nova, com a necessidade de reagir no Brasileiro.