Prefeitura vai criar espaço para camelôs
Operações diárias serão feitas em Madureira, Campo Grande, Catete, Copacabana, Méier, Glória e Bangu, onde houve confronto ontem
Ideia é reunir ambulantes em um espaço único, como forma de inibir as vendas em bancas de rua. Outra medida nesse sentido são as operações da Guarda Municipal, que ontem entrou em confronto com os camelôs em Bangu.
A Prefeitura do Rio deu ontem o pontapé inicial para ordenar a atuação de camelôs no espaço urbano. A Secretaria de Ordem Pública iniciou operações para coibir os vendedores ambulante nas ruas da cidade. Após decreto da Política Municipal de Licenciamento Sustentável do Comércio Ambulante (Polis). A medida também pretende criar uma Feira Ambulante para realocar os camelôs legalizados.
Na tarde de ontem, durante a fiscalização, houve confronto dos ambulantes com a Guarda Municipal, em Bangu. Estabelecimentos fecharam, fachadas foram incendiadas, viaturas foram apedrejadas e um ambulante foi detido.
A estratégia da Guarda Municipal é realizar as ações antes de os ambulantes chegarem. A fiscalização será feita diariamente para facilitar a circulação de pedestres. “Em Bangu, havia caixotes, varais com produtos piratas e até mercado de peixes. Entendemos o problema do desemprego, mas não podemos abrir mão da ordem pública” explicou a comandante-geral da GMRio, Tatiana Mendes.
O coordenador do espaço público, Eduardo Furtado, informou que a criação das Feiras Ambulantes faz parte de um projeto previsto desde 1886. “A ideia é aglutinar os ambulantes em um único lugar, e direcionar os clientes para esse ponto”.
Em nota a Secretaria de Fazenda e as coordenadorias de Gestão do Espaço Urbano e Licenciamento e Fiscalização informaram que atualmente, cerca de 18 mil ambulantes têm licença para atuar na cidade. “A última campanha de cadastramento foi feita em 2009 e, desde então, as ações de cadastro são para reposição das vagas”, disse Eduardo Furtado. Ele acrescentou que não haverá aumento do número e que a prioridade é somente para os cadastrados.
Segundo o secretário municipal de Ordem Pública, Paulo Amêndola, a fiscalização vai determinar o local onde os vendedores serão alocados; o material vendido e a largura ocupada nas calçadas. Em relação à previsão da criação da Feira Ambulante, Amêndola foi enfático: “Assim que detectarmos os vazios existenciais na cidade ocuparemos com os casdastrados”.
As operações foram realizadas, ontem, nos bairros do Catete, Copacabana, Glória, Méier, Campo Grande, Bangu e Madureira.