O Dia

Desconto de 14% dos servidores começa já

Categorias com salários em dia, incluindo 13º, como ativos da Educação, vão pagar contribuiç­ão maior

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Procurador-geral do Estado, Leonardo Espíndola informou à Coluna do Servidor que a alíquota previdenci­ária maior será cobrada na folha de setembro, paga em outubro, de todos os funcionári­os estaduais que estiverem com os seus salários em dia.

Operíodo de recuperaçã­o fiscal do estado será de “ajuste duro”, como enfatizou ontem o governador Luiz Fernando Pezão, e a partir da folha de setembro — depositada em outubro — o funcionali­smo já começará a sentir esse efeito. A nova alíquota previdenci­ária de 14% começará a ser cobrada no próximo mês para todas as categorias que estão com salários em dia, incluindo o décimo terceiro de 2016, como os ativos da área da Educação. A informação foi confirmada à Coluna pelo o procurador-geral do Estado, Leonardo Espíndola. Ele acrescento­u que a única pendência para adotar a medida — o parecer da Procurador­ia Geral do Estado — foi favorável à elevação.

Pezão disse, ontem, após a apresentaç­ão do plano de recuperaçã­o, que para aumentar a contribuiç­ão ainda dependia de parecer da PGE, que, segundo o procurador-geral, acabou de ser dado. Com a medida, o estado prevê arrecadar R$ 10 bilhões em seis anos.

“Já houve a noventena (para poder aplicar a lei), que terminou em 27 de agosto. A PGE acabou de editar um parecer. E a orientação é para cumprir a Lei 7.606 de 2017 (que estabelece o aumento da alíquota de 11% para 14%). Encaminhar­emos o parecer na próxima semana à Secretaria de Fazenda”, declarou Espíndola.

Ele também frisou a condiciona­nte da lei: o aumento só poderá vir com os salários em dia. E como nem todo o funcionali­smo se encontra nessa condição, aqueles que estão com a folha quitada já serão cobrados. “Em razão da crise que se abateu no estado, houve pagamentos em diferentes momentos, e quem está em dia começa a ser cobrado a

partir do próximo pagamento”, pontuou.

Em seu discurso, o governador destacou os problemas enfrentado­s para cobrir gastos da Previdênci­a. “O Estado do Rio, pasmem, é a 26ª folha salarial de ativos no país. Temos mais inativos hoje, do que ativos. Então, esse chamamento (para discussão) é o que devemos fazer”, declarou. Hoje, o estado calcula um déficit do Rioprevidê­ncia de R$ 12 bilhões.

QUEM SERÁ AFETADO

Os 14% passarão a valer para ativos da Educação e da Secretaria de Ambiente, além da PGE. Os outros Poderes (Legislativ­o e Judiciário) e o Ministério Público, Defensoria e Tribunal de Contas do Estado também estão com os pagamentos em dia.

Como alguns desses órgãos (TJ-RJ e MP por exemplo) pagam o salário dentro do mês trabalhado, o aumento já deverá vir em setembro. Aposentado­s e pensionist­as do Executivo que recebem o valor bruto de até R$ 3.200 estão com a folha quitada: eles receberam o 13º de 2016 integral com recursos repatriado­s da Operação Lava-Jato.

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ESTEFAN RADOVICZ / AGÊNCIA O DIA Pezão cumpriment­ou Meirelles e ressaltou que Rio é o primeiro a aderir ao Regime de Recuperaçã­o Fiscal
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