Voto distritão: sistema mais democrático e representativo
Como parlamentar de primeiro mandato, nunca fui citado em nenhuma lista de políticos investigados na Lava Jato. Por isso, na contramão da imagem que os beneficiários do ‘voto Tiririca’ querem passar para o povo, não defendo a impunidade, e, sim, a minha opinião de forma bem tranquila sobre a Reforma Política. Sou a favor do ‘distritão’, sistema que, ao contrário do que se diz, dificulta a reeleição de políticos corruptos e envolvidos em escândalos. Esse novo sistema dará voz e mandato a quem efetivamente tenha respaldo popular. Isto porque ele garante a eleição dos candidatos mais votados nos estados e municípios, como ocorre hoje na disputa para o Senado, independentemente dos resultados de seus partidos.
O ‘distritão’ é mais fácil para o eleitor, pois reduz o número de candidatos e acaba com a figura dos puxadores de votos, quando o eleitor vota em um parente ou vizinho ou até em um representante comunitário, mas acabava elegendo camaradas da lista de nomes indicada pelo partido. Esse escândalo, que chamam de valorização partidária, fez com que diversas legendas sem cunho ideológico ou sem um respeito mínimo a um programa partidário surgissem, nos levando a uma sopinha de letras que hoje nos faz ter 35 partidos políticos. Na Assembleia Legislativa do Rio temos deputados eleitos com menos de 10 mil votos. Pelo ‘distritão’ essa linha de corte se daria com quase o triplo (mais de 27 mil votos).
O ‘distritão’ fortalece os partidos, pois as pessoas escolherão sua legendas por afinidades com as propostas e não por ser mais fácil de se eleger. Partidos como PT, Psol e PCdoB, entre outros, são contrários ao ‘distritão’ e defendem o voto em lista para deputados federais, estaduais e vereadores. Com esse modelo, os partidos conseguem empurrar goela abaixo da sociedade seus candidatos corruptos de estimação. A lista é feita pelos dirigentes partidários, e, ao votar no partido, você elegerá os candidatos na ordem em que os partidos os colocarem. Assim o PT, teria em sua lista de São Paulo, José Dirceu, em primeiro lugar, seguido por José Genoino, e assim por diante.
Para começar a valer nas próximas eleições de 2018, a reforma política precisará ser promulgada até 7 de outubro. O que nós defendemos é o respeito à vontade popular, independentemente de listas ou de siglas partidárias.