O Dia

Trauma do Flu contra o Fla, outro forte adversário

Mais do que lutar por vaga na semifinal da Sul-Americana, Tricolor precisa encerrar jejum de oito jogos sem vitória sobre o rival

- Hugo.perruso@odia.com.br

Na prática, a missão do Fluminense não é das mais difíceis. Basta fazer 2 a 1 que se classifica­rá à semifinal da Copa Sul-Americana. O problema é justamente vencer um clássico, principalm­ente contra o Flamengo, um problema crônico dos últimos anos. Historicam­ente um duelo equilibrad­o, o Fla-Flu ganhou o domínio rubro-negro recentemen­te e os tricolores precisarão superar um trauma que não é de apenas desta temporada.

Sem ter vencido o maior rival nos sete confrontos em 2017 (foram quatro empates e três derrotas), o Fluminense sabe que o problema é maior. Nos últimos cinco anos, foram apenas quatro vitórias e dez derrotas em 20 Fla-Flus. Número que não condiz com a tradição e a grande rivalidade entre os dois clubes.

Apesar do retrospect­o desfavoráv­el, ainda há a confiança de acabar com o jejum de oito duelos sem vencer (a última vez foi no primeiro turno do Brasileiro de 2016).

“Todos os jogos foram difíceis. Se você perguntar, com certeza eles vão dizer que estão enfrentand­o páreo duro. Quem sabe a vitória venha na hora certa, com a classifica­ção? Ainda está em aberto”, disse Henrique Dourado.

Sem perder a confiança, o Fluminense tem na final do Estadual um exemplo do que fazer e do que evitar. A situação é parecida com a de agora, com derrota na ida, por 1 a 0, também gol de Everton. Mesmo em desvantage­m, o Tricolor marcou no início, mas bobeou no fim e levou a virada. Mas Abel discorda.

“Não vejo semelhança. Meu time era outro, com Wellington e Richarliso­n. Quem jogava contra nós se preocupava com eles. Era uma equipe de transição muito mais rápida”, analisou.

Fora do Fla-Flu por opção de Abel Braga, Douglas não tem retorno garantido contra o Bahia. Apesar de recuperado das dores articulare­s e liberado pelo departamen­to médico na segundafei­ra, o volante teve inflamação na garganta e ganhou atenção especial da comissão técnica, preocupada com os constantes problemas de saúde.

Quando finalmente conseguia uma sequência, Douglas voltou a sentir as dores por conta da artrite reativa e ficou quatro dias sem treinar por recomendaç­ão médica.

“Douglas teve a reação. Foi muito pequena, nada como a primeira vez. O medicament­o é tomado de 15 em 15 dias. Ele ainda teve uma inflamação na garganta e isso causa o problema”, explicou Abel.

O treinador quer ver com o médico do Fluminense se é melhor o volante operar logo a amígdala ou se vai esperar até ofimdoano.

“Tinha que ter operado na base e não operou. Até vou conversar com o médico. Não dá para contar com ele só às vezes. Não dá entrosamen­to, quem entra no lugar não pega ritmo de jogo. É difícil”, disse.

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NELSON PEREZ/FLUMINENSE

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