QUEM ESTÁ SEGURO?
Comandantedo Batalhão da PM do Mé ieré morto a tiros por bandidos em plena luz do dia. Foram 32 disparos E massal toa joalheria localizada em shopping de Guadalupe, cabo da PM éassassinado. Éo112º doa no Menina de 12 anos baleada na Rocinha quando voltava
Em plena luz do dia, o comandante do Batalhão do Méier, coronel Luiz Gustavo Teixeira, 48 anos, foi morto a 750 metros da sede que ele mesmo comandava. Ele foi vítima de tentativa de assalto na Rua Hermengarda, morto provavelmente por tiro de uma pistola com kit rajada. A morte do oficial fez com que o comandante-geral da PM, coronel Wolney Dias, solicitasse ao secretário de Segurança apoio das Forças Armadas para a ação de busca aos criminosos. Antes do reforço, porém, 300 PMs iniciaram a operação no Complexo do Lins, local em que acreditam ser o refúgio dos criminosos. Importantes vias ficaram fechadas para a operação, como a Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, liberada somente à noite. Nos próximos dias comboios de policiamento interceptarão pontos da Zona Norte, como Linha Amarela, e ruas Barão do Bom Retiro e 24 de Maio à procura dos criminosos.
Poucas horas após o crime, o policial Djalma Pequeno foi morto em outra tentativa de assalto, em Guadalupe. Agora, subiu para 112 o número de agentes mortos esse ano — média de um policial a cada dois dias e meio.
“Não podemos aceitar a morte de policiais como fato natural. Atentar contra a vida do policial é atentar contra a soberania do Estado. É um ato de terrorismo”, afirmou Dias.
A Delegacia de Homicídios da Capital fez perícia no local. O coronel estava com seu motorista, o cabo Nei Filho, no momento do crime, que foi baleado na perna. Quatro bandidos bloquearam a viatura descaracterizada. Um deles desceu do carro com uma arma e começou o tiroteio. Nei se abrigou, fazendo disparos. Teixeira foi alvo dos bandidos por estar fardado. Foi atingido no peito.
O coronel foi vítima de um dos tipos de crime que tentava combater. Há um ano e seis meses à frente do batalhão, enfrentou a crise de verba para as viaturas. Segundo o Instituto de Segurança Pública, em agosto houve registro de 2.260 roubos na região, contra 1.240 do mesmo período de 2016. Desde a semana passada, a violência chama atenção na área: três pessoas foram baleadas perto de shopping, goleiro do Botafogo Jefferson teve o carro roubado e houve arrastão.
Relatório do Ministério Público aponta que o batalhão precisava, em agosto, de 1.470 policiais. Só tinha 544. O promotor que fez a vistoria escreveu: “A área tem altos índices de criminalidade, necessitando de efetivo maior”. Segundo o major Ivan Blaz, porta-voz da PM, com base em vídeos de moradores, a polícia já identificou bandidos. Três horas após o crime, uma mulher foi assaltada na Rua Paulo Silva Araújo, também no Méier.
“Atentar contra a vida do policial é atentar contra a soberania do Estado. É um ato de terrorismo. Não podemos aceitar isso” WOLNEY DIAS, comandante-geral da PM