A base que dá esperança aos tricolores
Fruto de Xerém, Matheus Alessandro vibra com primeiro gol como profissional
Quarenta e dois minutos do segundo tempo. Scarpa domina a bola na entrada da área e rola para Matheus Alessandro, que invade em diagonal e chuta. Era o gol da vitória do Fluminense por 2 a 1 sobre o Botafogo e o primeiro da carreira profissional do jovem de 21 anos, criado em Xerém. Um resultado que, além de afastar os tricolores da zona de rebaixamento, mostra que nos momentos mais difíceis a torcida pode confiar nos valores da base.
Sábado, dos 14 jogadores que estiveram em campo, sete eram crias de Xerém, uma característica marcante do trabalho de Abel Braga, que, coincidentemente, também foi revelado no clube como jogador, nos anos 1970.
“A gente que vem da base sempre quer mostrar algo a mais, dar o melhor em campo. O professor Abel também me deu muita confiança para entrar. Fui feliz e consegui ajudar a equipe com o gol”, afirmou Matheus Alessandro, que ainda revelou um pedido — não cumprido — do treinador: “Ele disse para eu ficar mais colado na marcação, ajudando a zaga e para não me empolgar muito na frente”.
“Já tinha chamado o Alessandro, ia sair o Scarpa, que tomou uma pancada e não estava legal, mas perdi o primeiro volante, então o Norton foi fazer aquela função e o Alessandro entrou. Falei assim: não se empolga que é um clássico, vai na boa. Aí o menino entra e faz o gol”, disse Abel.