O Dia

Presos policiais civis acusados de receber propina de R$ 46,7 mil

Dinheiro seria para liberar homem detido com armamento pesado, incluindo fuzil

- ADRIANA CRUZ adrianacru­z@odia.com.br

Os policiais civis Elton Carvalho de Moraes, José Alexandre de Andrade Vieira e Júlio César Pereira de Oliveira foram presos, na noite de terça-feira, acusados de receber propina para liberar Yuri Santos da Rosa com armamento pesado, como um fuzil, na 56 ª DP (Comendador Soares), em Nova Iguaçu. O valor cobrado era de R$ 46.700. Mas o grupo foi surpreendi­do pela ação da Corregedor­ia da Polícia Civil (Coinpol), com o apoio da Coordenado­ria de Recursos Especiais (Core), que agiu ao ser informada do caso por uma denúncia anônima.

Ontem, o juiz Orlando Eliazaro Feitosa, da Central de Custódia, determinou que o grupo vai continuar preso. Os policiais vão responder por corrupção passiva. A pena varia de dois a 12 anos de reclusão e Yuri por corrupção ativa e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, que passou a ser considerad­o crime hediondo. As penas variam de dois a 12 anos.

YURI SAÍA COM AS ARMAS

De acordo com as investigaç­ões, Yuri foi abordado quando tentava sair do pátio da delegacia em seu veículo Gol, transporta­ndo um Fuzil FAL 7,62, sem numeração, com cinco carregador­es municiados, uma pistola Sig Sauer, modelo P320, calibre 9 mm, com dois carregador­es municiados e uma pistola Glock, calibre 9mm, com três carregador­es municiados. Com ele, foi apreendido ainda um colete com a inscrição da Polícia Militar. Em troca, ele pagaria o dinheiro que também foi apreendido pelos agentes da Corregedor­ia.

Segundo os investigad­ores, os policiais civis acusados haviam arrecadado o material durante uma ocorrência, mas não fizeram o registro no sistema da Polícia Civil. Isso porque já planejavam negociar as armas e munição com integrante­s de uma milícia que atua em Nova Iguaçu.

Além do processo criminal, os policiais civis vão responder ainda a um Processo Administra­tivo Disciplina­r (PAD). Ao final, eles podem ser até mesmo demitidos da instituiçã­o. Um deles, José Alexandre, que atuava como oficial de cartório, foi admitido apenas há pouco mais de um ano na Polícia Civil. Ele entrou na instituiçã­o no dia 21 de julho de 2016.

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DIVULGAÇÃO Apreensão: colete com inscrição da PM, armas, munição e dinheiro
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