O Dia

Zanna, a voz do Metrô Rio, lança primeiro disco solo

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ESPECIAL

Compositor­a desde os 13 anos - a idade atual ela não revela sob hipótese alguma -, Zanna esperou 20 anos para lançar o atual álbum que leva seu nome. “Com quase 30 anos, resolvi compor loucamente e lançar o meu disco solo somente quando estivesse madura, segura, mais completa. Quando se tem um material especial na mão, não pode fazer qualquer coisa. Merece um tratamento especial. Queria uma coisa grande, importante. Não queria fazer um disquinho. Quando vi o Brasil nessa crise maluca, eu percebi que estava pronta. Tenho uma empresa - uma agência de sound branding, em tradução livre, o som da marca -, me banco, tenho uma grana guardada. Resolvi fazer no nível que quero, acima da média, e tive que esperar ter grana e convidar as pessoas que queria. É um trabalho a muitas mãos”, define ela, que tem 300 composiçõe­s.

PARCEIROS

Para esse lançamento, Zanna se cercou de nomes como o do produtor Moogie Canazio, um dos responsáve­is pela engenharia de som do álbum ‘Zanna’. Canazio já trabalhou com artistas como Sergio Mendes, Maria Bethania e Caetano, e contabiliz­a oito Grammys na carreira. “Ele é um dos maiores produtores brasileiro­s. Sabia a estética que queria e chamei Eduardo Souto Neto para fazer os arranjos de corda. Então tem seis músicas com arranjos de orquestra. Fiz questão de trazer a nata de artistas e músicos”, gaba-se. “A gente foi para Los Angeles, nos Estados Unidos, para gravar. Tivemos também participaç­ão de músicos norte-americanos como Tim Pierce e Dan Fornero. Gravamos em um dos maiores estúdios, o Capitol. É um bafo lá. Chegar e ver as fotos de ícones que passaram por lá como Frank Sinatra, The Beatles, é um museu vivo da música”, vibra.

O SHOW

Para o show de hoje à noite, no Solar de Botafogo, a banda será formada por Emerson Mardhine (baixo e direção musical), Carlos Cezar (percussão), Janaina Salles (violoncelo) e Rodrigo Sha (sopros). A direção de cena é de Daniele do Rosário. No repertório da apresentaç­ão, além de todas as faixas do álbum, a artista acrescento­u ‘Caso Sério’, da Rita Lee e Roberto de Carvalho, e ‘Toada’, de Claudio Nucci e Zé Renato.

“O meu sonho de vida, o que me faz acordar todo dia de manhã é transforma­r, ajudar através do som. Faço isso pela minha agência colocando música de passarinho no Metrô para deixar as pessoas mais calmas. Não importa o meio. O meu objetivo de vida é usar a música como ferramenta para tornar o mundo um lugar melhor”, salienta ela, entre risos.

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