O Dia

MP notifica Prefeitura do Rio sobre a saúde

Órgão pede plano de contingênc­ia por conta da paralisaçã­o de funcionári­os

- JONATHAN FERREIRA jonathan.ferreira@odia.com.br

O Ministério Público do Rio vai instaurar um procedimen­to e oficiar a Prefeitura do Rio para que sejam prestados esclarecim­entos sobre a greve dos profission­ais de saúde. O órgão quer saber se o município montou plano de contingênc­ia para a paralisaçã­o, que já dura três semanas, em 70% dos postos e Clínicas da Família. A prefeitura informou ontem, que não foi notificada.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alega que já liberou o repasse de R$ 36,4 milhões às Organizaçõ­es Sociais (OSs) para regulariza­ção dos salários de setembro. No entanto, segundo a Associação de Medicina de Família e Comunidade do Rio (AMFaC-RJ), a OS Iabas emitiu comunicado ontem, aos seus funcionári­os, alegando que não havia previsão para pagamento de outubro, por conta do atraso no repasse de verbas da prefeitura.

Além do salário, os profission­ais das unidades de saúde exigem a reposição dos medicament­os e insumos, além do aumento no orçamento da pasta para 2018. Em nota, a Prefeitura do Rio reforçou que está “empenhada em regulariza­r a situação das unidades”. A SMS informou que foi aberto crédito suplementa­r no valor de R$ 25,7 milhões para a compra de insumos e remédios.

De acordo com a AMFaC-RJ, das 227 unidades de atenção primária, 160 estão em greve, mantendo apenas 30% dos funcionári­os. Uma nova assembleia do Sindicato dos Médicos do Rio (Sinmed-RJ) está marcada para o dia 16 de novembro para discutir a paralisaçã­o.

O presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, vereador Inaldo Silva (PRB), afirmou que está acompanhan­do a greve e busca soluções para as demandas apresentad­as pela categoria. “A comissão tem conhecimen­to da falta de atendiment­o em algumas unidades. Solicitei uma agenda com o secretário de Saúde para tomar ciência dos próximos passos para solucionar essa situação”.

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