O Dia

BONS DE FARO

- MARIA INEZ MAGALHÃES minez@odia.com.br

Batalhão de Cães bateu recorde de apreensão de drogas. Até semana passada alcançou a marca de 9,631 toneladas, contra 9,023 toneladas em 2016 todo. Além disso, foram responsáve­is por tirar das mãos de bandidos 106 armas, sendo 27 fuzis.

Oano ainda não terminou, mas o Batalhão de Ações com Cães (BAC), da Polícia Militar, já bateu o recorde de apreensões de drogas e armas — incluindo fuzis — da unidade em relação ao ano passado todo. De janeiro até outubro foram apreendida­s pelo BAC 9,631 toneladas de drogas contra 9,023 toneladas em 2016. Eles também tiraram das mãos dos bandidos, até semana passada, 106 armas; desse total, 27 são fuzis. No ano passado todo foram 81, sendo 17 fuzis. E a tática de combate ao crime no Rio, o comandante da unidade especial da PM, tenente-coronel Rubens Peixoto, revela com orgulho. “Ração, treinament­o e amor”, diz.

As referência­s são à tropa canina que compõe o BAC, criado em 1955, e que atua com os 228 PMs do batalhão. São 79 cachorros, dez deles ainda filhotes em preparação para policiamen­to. Os já ativos seguem os horários de atuação dos PMs: se trabalham um dia, param três. Se feridos em confrontos, ficam de licença. “Aqui, somos uma coisa só. Quando falamos na tropa, os cães estão incluídos. Para trabalhar no BAC é preciso gostar de cachorros”, explica o oficial. Um desenho na parede na subida da escada para a sede da unidade ilustra a explicação: há uma pintura de um PM onde metade do rosto dele é a cara de um cão.

Das quase dez toneladas de drogas apreendida­s este ano, quatro foram em três ações a partir de junho: duas na Nova Holanda, Maré; e outra no Pavão-Pavãozinho, Ipanema. Já a maioria dos fuzis foi encontrada na Zona da Leopoldina, onde estão o Complexo do Alemão, o Complexo da Penha e outras favelas. “O BAC é sempre acionado. Temos muitas demandas na corporação”, conta Peixoto.

TREINAMENT­O

Mas os cães não são treinados apenas para farejar armas, drogas explosivos. Estão preparados para atuar na localizaçã­o e resgate de pessoas perdidas, tomada de reféns, captura de bandidos escondidos, busca de soterrados, restos mortais e ossadas humanas, manifestaç­ões e até em policiamen­to em jogos. As habilidade­s deles não param por aí.

“Estão prontos para atacar bandido armado até com fuzil para salvar o policial em situação-limite, mesmo que isso custe a vida dele. Mas, graças a Deus, isso nunca aconteceu”, comemora o subtenente e adestrador Eugenio Silva de Oliveira, há 29 anos na corporação, sendo 27 no

BAC. A unidade faz parte do Comando de Operações Especiais da PM, composta pelos batalhões de Operações Especiais (Bope) e Choque.

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LUIZ ACKERMANN / AGENCIA O DIA Eugenio Silva de Oliveira treina cães para diversas situações, inclusive salvar policiais Cão treina simulando umataqueau­ma pessoa suspeita
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Filhotes ficam juntos em baia, ao contrário dos adultos, porque não gostam de estar sozinhos
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BAC apreendeu 1,5 tonelada de drogas e armas na Nova Holanda em agosto deste ano

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