Ônibus capota na Dutra e mata três
Duas crianças estão entre os mortos. Acidente com veículo, em Paracambi, deixou ainda 33 feridos
Aalegria e a euforia de 36 pessoas que saíram de Duque de Caxias e iriam passar o domingo em um parque aquático em Barra do Piraí, no Sul do fluminense, terminou em tragédia, na manhã de ontem, após o ônibus de turismo em que eles estavam bater e capotar em Paracambi, na Baixada. No acidente, que aconteceu no km 214 da BR-116 (Rodovia Presidente Dutra), sentido São Paulo, duas crianças, de 1 e 10 anos, e um adulto, de 30, morreram. As outras 33 pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para hospitais de Nova Iguaçu, Seropédica, Paracambi, Resende, Barra do Piraí e Volta Redonda. No momento do acidente, segundo os passageiros, chovia muito forte no local.
Passageiros são moradores de Duque de Caxias e iriam para parque aquático em Barra do Piraí
“No ônibus tinha o meu marido, o meu filho e dois netos. Eles iriam passear e se divertir e aconteceu isso. Infelizmente, isso é coisa da vida. Deus está no controle”, disse a mulher, que não quis se identificar, antes de saber que Diego Souza Santos, seu neto de 10 anos, tinha sido uma das vítimas fatais. Ela contou que se livrou do acidente porque tinha um compromisso. Ao saber da notícia da morte, caiu em prantos na porta do Hospital da Posse, em Nova Iguaçu. Além de Diego, morreram Eduardo de Miranda de Lima, de 1 ano, e Daniel Duarte Santos, 30. Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Nova Iguaçu.
“O meu irmão estava muito feliz e durante algumas semanas me falava desse passeio. Ele queria que eu fosse, mas eu iria trabalhar hoje (ontem). Por isso não fui”, contou o eletricista Ivaldo Batista dos Santos, 58, que visitou o irmão Roque Batista dos Santos, de 63, que estava no ônibus. No coletivo tinha oito parentes de Ivaldo, um deles era o menino Diego. “Nasceu há tão pouco tempo e já se foi”, desabafou o homem.
Os passageiros, que são moradores do Parque Fluminense — muitas deles crianças —, iriam para o parque aquático Aldeia das Águas. Ao menos 10 pessoas de uma mesma família estavam no veículo. “Era a primeira vez que a minha irmã, o filho e o marido iriam para esse parque. Estou muito nervosa pois não tenho informações sobre o meu cunhado”, contou Sandra Silva, 33 anos, técnica de enfermagem, que buscava saber o estado de saúde de seus parentes no Hospital da Posse. A irmã dela, Alice Salustiano da Silva, de 28 anos, fraturou o fêmur.