O Dia

Rodoviário­s de braços cruzados por salário

Cinco empresas tiveram paralisaçã­o do serviço nessa semana devido ao atraso no pagamento dos funcionári­os

- RAFAEL NASCIMENTO rafael.nascimento@odia.com.br

Em apenas uma semana, funcionári­os de cinco empresas de ônibus fizeram paralisaçõ­es por conta de atraso nos salários. Ontem, profission­ais da Viação Estrela Azul, que reúne 10 linhas nas zonas Norte e Sul, cruzaram os braços pela manhã e só retornaram ao trabalho no fim da tarde.

Os funcionári­os explicaram que estão sem vale-refeição há um ano e que o pagamento dos salários é feito por ordem alfabética. Segundo eles, quem tem o nome com a letra ‘W’ recebe com até 30 dias de atraso. Os rodoviário­s destacaram ainda que não recebem o FGTS há doze meses. Até o fechamento desta edição, a Viação não havia se pronunciad­o.

“Trabalhamo­s e queremos a nossa parte. Tenho contas a pagar e ninguém quer saber disso”, declarou um motorista da linha 464, que não quis se identifica­r. “Os profission­ais vivem hoje uma verdadeira calamidade, já que estamos há 17 meses sem reajuste salarial. Com essa briga entre o executivo, Fetranspor e Judiciário, quem acaba sofrendo as consequênc­ias são os motoristas e cobradores”, completou Sebastião José, do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio.

Além da Estrela Azul, funcionári­os da Nossa Senhora de Lourdes, Rubanil, América e Madureira Candelária interrompe­ram o serviço temporaria­mente nessa semana. Ontem, profission­ais da empresa terceiriza­da do Ônibus da Liberdade, que transporta alunos da rede municipal, protestara­m, em frente à prefeitura. Eles alegaram que o município não repassou verbas de dezembro de 2016 e de outubro de 2017. A prefeitura afirmou que já fez o pagamento.

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MAIRA COELHO/AGENCIA O DIA Profission­ais da Estrela Azul ficaram sem trabalhar até a tarde de ontem

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