TSE lança título de eleitor digital para pleito de 2018
App depende de cadastro biométrico, que no Rio está bem atrasado. Novidade representará economia de R$ 250 milhões
O Tribunal Superior Eleitoral lançou ontem o aplicativo e-título, uma espécie de título eleitor digital. O e-título poderá ser usado nos smartphones em substituição ao título físico na hora de votar para eleitores que já possuem identificação biométrica — índice que chega a 47,55% no país. O Rio tem o menor índice de eleitores cadastrados biometricamente, cerca de 12%. A tecnologia já valerá para as eleições 2018.
“É uma revolução. Só para o próximo ano estávamos estimando gastar algo como R$ 250 milhões em títulos [de eleitor impressos]. Essa é a economia que a ideia está nos trazendo”, afirmou o presidente do TSE, Gilmar Mendes. Segundo ele, a expectativa é que em 2022 todo o eleitorado tenha biometria.
Outras vantagens, apresentou o TSE, serão diminuir os riscos de extravio e danos ao título impresso, o tempo de atendimento e deslocamento aos cartórios eleitorais, e a facilitação de serviços como impressão, assinatura e entrega do documento.
Rosana Magalhães, idealizadora do e-título, explicou que a tecnologia vai permitir ao cidadão consultar sua si- tuação com a Justiça. “Esse documento terá validade para votação porque contém tanto a fotografia como dados mais recentes, como quitação eleitoral e endereço do local de votação”, disse.
O aplicativo já pode ser baixado em celulares com sistema Android e, para iOS, ficará disponível dentro de dez dias.