Baixada integra uma força-tarefa contra fraudes
> A crescente onda de fraudes contra o INSS, e também contra aposentados, acendeu o alerta vermelho na Previdência Social, que criou uma força-tarefa composta por membros da própria pasta, Polícia Federal, Advocacia-Geral da União (AGU), Receita Federal e Ministério Público Federal (MPF). O objetivo, informou ao DIA o secretário de Previdência, Marcelo Caetano, é identificar e combater todo e qualquer início de fraude e irregularidades contra os cofres do INSS.
Até 14 de novembro, foram feitas 39 operações, que estancaram uma sangria de R$ 89.501.958,84 nas contas da Previdência no país. Somente em duas ações no Estado do Rio de Janeiro, a força-tarefa cessou o pagamento de R$ 14.464.304,86 em benefícios fraudulentos. E essa ação conjunta contra ataques aos cofres do instituto ganhou mais um reforço: a gerência do INSS de Duque de Caxias, que concentra todos os 14 municípios da Baixada Fluminense, entrou na força-tarefa para auxiliar no combate às fraudes na região.
Desde setembro, uma equipe com integrantes de todos os órgãos está visitando os postos do INSS para ver de perto toda estrutura das agências e orientar servidores em como identificar um documento falsificado. “Nesta primeira etapa estamos fazendo um trabalho de orientação em agência por agência”, conta o gestor da Gerência Caxias, Marcos Fernandes. “O segundo passo será apurar todas as deficiências que possam ter motivado as fraudes na concessão de benefícios”, complementa. Fernandes acrescenta ainda que após a identificação dos possíveis fraudadores, caberá aos órgãos competentes, como a Polícia Federal e o MPF, tomarem as medidas cabíveis.
BALANÇO DAS OPERAÇÕES
De 2003 a 2015, as forçastarefa da Polícia Federal e da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda efetuaram 2.700 prisões relacionadas a crimes contra o sistema previdenciário, em 500 operações, conforme informações do coordenador-geral de Inteligência Previdenciária, Marcelo Henrique de Ávila. Os desvios teriam sido facilitados, principalmente, por fraude de documentos, falhas na legislação e pela própria gestão de pessoas.