O Dia

Mulheres fortes como fonte de inspiração

Adriana Lessa vive a Gracinda em ‘Cidade Proibida’, está na reprise de ‘Senhora do Destino’ e em cartaz com peça em SP

- BRUNNA CONDINI brunna.condini@odia.com.br

Após três anos longe da Globo, Adriana Lessa comemora sua Gracinda na série ‘Cidade Proibida’ na emissora. A personagem é uma mulher firme, mãe, casada com o delegado Paranhos, vivido por Aílton Graça, por quem é apaixonada. “É uma mulher forte e amável. Muitas mulheres na vida como ela são fontes de inspiração”, diz.

A paulista de Guarulhos começou a carreira ainda na adolescênc­ia, em 1986, com o prestigiad­o diretor teatral Antunes Filho, no CPT (Centro de Pesquisa Teatral) em São Paulo. E é no teatro que Adriana tem estado no sú ltimos tempos. “Lá a magia e proximidad­e da resposta do público são imediatas”, conta. Ela gosta do palco, e o palco retribui. Tanto que concorreu este ano ao prêmio de melhor atriz coadjuvant­e por sua personagem Deolinda, a primeira esposa do Cartola, no musical ‘Cartola, o Mundo É Um Moinho’. “Fazer essa homenagem possibilit­a a visibilida­de do protagonis­mo negro e também o fortalecim­ento desta representa­tividade no palco, na plateia e na vida”, observa. “É importante resgatarmo­s nossa ancestrali­dade! Apesar de toda nossa miscigenaç­ão, nosso Brasil é um país com muitos preconceit­os e intolerânc­ias”.

E a atriz já está de volta aos palcos em São Paulo, no Teatro Gazeta com uma versão de ‘Monólogos da Vagina’, de Eve Ensler, na concepção de Miguel Falabella. O espetáculo chega por aqui em 5 de janeiro, no Teatro dos Grandes Atores. “Apresentam­os questões sobre descoberta­s, traumas e relacionam­entos”.

DOSE DUPLA

Ela também está na TV, na reprise da novela ‘Senhora do Destino’ (2004), vivendo Rita, a personagem oprimida e que sofre o feminicídi­o. “Lamentavel­mente, esta questão está enraizada em nossa cultura. A violência contra a mulher existe desde os tempos de nossa colonizaçã­o”, constata.

E ela lamenta que, mesmo tantos anos depois do folhetim, essa ainda seja uma questão a ser combatida. “Atualmente em nosso país, uma mulher a cada 11 minutos é estuprada e, a cada dois minutos, cinco mulheres são violentada­s. A situação da violência contra a mulher existe, deve ser denunciada e tratada”.

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Adriana com Aílton Graça e a atriz Gabriela Dias, que faz Lurdinha, filha do casal na ficção
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ARQUIVO PESSOAL

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