O Dia

Contas de luz podem ficar mais caras 9,4% ano que vem no país

Reajuste das tarifas vai superar inflação

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O próximo ano será de alta bem acima da inflação para as contas de luz dos consumidor­es residencia­is. A estimativa para 2018 é de uma correção de 9,4% nas tarifas de energia elétrica, diante de uma expectativ­a de inflação de 4%, pelo IPCA nos próximos 12 meses. Em 2017, as contas de luz devem fechar com alta de 14% contra uma inflação inferior a 3% no período.

Os motivos para o aumento no ano que vem seriam a elevação de encargos sociais e as poucas chuvas capazes de compensar os períodos de secas em várias regiões do país, conforme o levantamen­to de uma consultori­a especializ­ada no assunto. Na média, a maior alta deve ser registrada na Região Sul, de 10,7%, seguida pela Região Sudeste, com 9,3%.

De acordo com o estudo, de janeiro a abril, que é justamente o período considerad­o chuvoso, as principais hidrelétri­cas do país devem gerar, em média, o equivalent­e a 85% da energia que vendem. Isso significa que, se as chuvas não ajudarem e as geradoras produzirem algo abaixo disso, as tarifas poderão subir ainda mais.

PESO DOS ENCARGOS

Além do regime de chuvas, os encargos incluídos na tarifa também explicam as previsões pouco animadoras. A conta que considera todas as políticas públicas ligadas ao setor, como o programa Luz para Todos e a tarifa social de energia -chamada de CDE-, deve passar de R$ 9,3 bilhões neste ano para R$ 12,6 bilhões em 2018.

Outro ponto que preocupa é cresciment­o econômico do país. O consumo total de energia ficou nível próximo ao de 2014, e há dúvida de como a demanda vai se portar diante de uma possível retomada da economia e seu impacto na tarifa, já que a procura maior torna os valores mais altos.

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