A CONTÍNUA VARIAÇÃO
AbelaesculturadoCaptur esconde uma solução mecânica que é pouco conhecida. O câmbio contínuo variável CVT é responsável por ótimas marcas de consumo neste SUV que pesa respeitáveis 1.286 quilos.
Rodamos nada menos do que 1.560 quilômetros com o modelo em condições diversas. Boa parte desta quilometragem foi em rodovias pedagiadas em boas condições, onde o câmbio que otimiza o torque do motor exercitava sua melhor performance.
O câmbio CVT (de Continuously Variable Transmission) funciona com a extensão ou redução de uma correia de aço especial entre um conjunto de polias cônicas, que se afastam o aproximam conforme a aceleração do motor. Lembra uma transmissão de bicicleta 21 marchas. O conceito é o mesmo.
Sem engrenagens, o cam- bio CVT tem o suporte eletrônico que o faz simular, no caso do Captur, seis marchas. Isto é para causar uma impressão mais agradável ao motorista, que ficaria acelerando um carrinho elétrico de parque de diversões, sem este recurso. Com o motor 1.6 de 120 cv o aproveitamento energetico é bom ao anotar consumo médio de 9,9 km por litro no teste total.
O sistema buscou, além de economia, melhorar as vendas do Captur, que apesar de ser o mais belo dos SUVs atuais, aindachegaapoucasgaragens e perde feio do Honda HR-V.
Na estrada o câmbio mostra que o motorista tem que acelerar com sabedoria. È um carro familiar com traje esporte e desempenho contido,mas a posição de dirigir é muito boa, assim como os espaços para os ocupantes, que têm bancos de qualidade e espaço para as pernas.
Outra virtude é a estabilidade. O carro tem boa distribuição de pesos e é bom em curvas de alta e de baixa, mostrandose superior aos seus concorrentes em traçados de serra. Com ESP e quatro airbags, a versão testada, Intense, é bem equipada e sofre um pouco com os acabamentos em plástico duro, com peças herdadas do Logan e Duster.
Mesmo assim é um modelo agradável, que herda também virtudes do Duster como a robustez e pode assumir seu lugar ao Sol. Lugar apertado, uma vez que a concorrência de vários modelos e principalmente do japonês HR-V, é feroz.
Irmão do Nissan Kicks, o Captur usa conjunto mecânico semelhante, exceto o motor 1.6 que recebeu atualizações e pesa quase 100 quilos a mais. Bonito, chama a atenção nas ruas e merece os prêmios de design que conquistou.