O Dia

Na Antártica, projetos estão congelados

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> Uma das exploraçõe­s mais fantástica­s da Uerj acontece a cerca de 8 mil quilômetro­s do Rio, num dos lugares mais inóspitos do planeta: a Antártica. O Projeto Criosfera 1, fincado no centro do continente gelado, é uma base onde os pesquisado­res estudam as ciências atmosféric­as, com foco no impacto do buraco da camada de ozônio e nas mudanças climáticas. “O Brasil trabalha há uns 30 anos na borda do continente antártico (onde fica a estação Comandante Ferraz). O projeto Criosfera 1 é uma semente do Brasil no interior da Antártica”, destaca o professor da Uerj Heitor Evangelist­a da Silva, autor do projeto.

Implantado em 2012, a primeira estação polar brasileira registrou grande avanço científico nos primeiros anos, diversific­ando ainda mais o leque de pesquisas, especialme­nte após os cientistas realizarem algumas correções. Entretanto, nos últimos três anos, vem sofrendo com a falta de investimen­to e congelou. “Hoje, a gente está fazendo, basicament­e, apenas um trabalho de manutenção”, explicou o professor.

Dentre os trabalhos desenvolvi­dos na Criosfera, um estudo mostra que o buraco de ozônio gera um produto na atmosfera que pode acelerar o processo de derretimen­to de gelo na Antártica. “A gente também começou a desenvolve­r um trabalho de microbiolo­gia em gelo, que é interessan­te porque tem viés biotecnoló­gico”, adiantou o cientista.

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