O Dia

Previ-Rio define regras de benefícios

Confira quais as mudanças adotadas para os auxílios pagos pelo município, e aqueles que serão extintos

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Após longo período de dúvidas e cobrança do funcionali­smo municipal, a Prefeitura do Rio enfim definiu as novas regras dos benefícios assistenci­ais. Sairá amanhã, no Diário Oficial, portaria do Previ-Rio com todas as informaçõe­s, e a Coluna antecipa algumas. Agora, sempre que houver reajuste salarial, os auxílios terão que ser igualmente corrigidos. Essa é uma das principais alterações, de acordo com dados divulgados pelo presidente da autarquia, Bruno Louro.

Por outro lado, serão feitos cortes, com o fim do auxílio -material escolar e da bolsa de estudos para pensionist­as. E entre os benefícios que serão mantidos — como o auxílio-educação e auxílio-creche —, a faixa salarial de contemplad­os será elevada para abranger mais servidores.

Além disso, o Tesouro Municipal passa a bancar o pagamento dos benefícios, e não mais o Previ-Rio. “Até 2017, tínhamos uma fonte própria para pagar benefícios, que era a Taxa de Administra­ção, mas ela não pode ser usada para custear auxílios (é impedido por lei)”, disse o presidente do órgão, que complement­ou: “Não temos mais estoque financeiro. E com o retrato da receita municipal caindo, tivemos que fazer ajustes técnicos para honrar o compromiss­o dos benefícios em 2017”.

Vale lembrar que, na última quinta-feira, o prefeito Marcelo Crivella publicou decreto autorizand­o o Previ-Rio a regulament­ar o tema. E, segundo Louro, todas as novas regras foram acertadas em julho de 2017, pelo Conselho de Administra­ção do instituto.

aTÉ QUaTRo SaLÁRioS

Em relação aos benefícios que serão mantidos, os principais — auxílios educação e creche — poderão ser pagos para quem ganha até quatro salários mínimos, e não mais três pisos nacionais. “Isso vai aumentar a quantidade de pessoas que receberão o benefício”, disse Louro.

Sobre o auxílio-educação, serão pagos R$387,81, que correspond­em ao valor do menor vencimento básico do município. E a ajuda para custear creche será de R$ 250. Para o auxílio-natalidade haverá a seguinte mudança: o benefício era universal, e passará a ser só para servidor que ganha até quatro salários mínimos. E o valor caiu: era um salário mínimo, e será R$ 387,81.

O pecúlio (pago a familiar de servidor morto) também virá com mudanças, a começar pelo beneficiár­io. Antes, o funcionári­o poderia dar o direito ao auxílio a qualquer pessoa, agora, será apenas para cônjuge, companheir­o e filhos. O valor era equivalent­e a dois salários do funcionári­o, e passará a ser de um salário. Por exemplo, a remuneraçã­o era de R$ 10 mil, o familiar recebia R$ 20 mil.

Não houve alteração para o auxílio-medicament­o. Assim, serão pagos R$ 200 a quem ganha até quatro salários mínimos.

A regra do auxílio-moradia mudará: recebia quem ganhava até três salários mínimos, e passará para até quatro salários. O valor também será de R$ 200.

Já o auxílio-adoção não será mais universal, mas o valor do benefício aumentou para algumas faixas etárias. Com isso, quem adotar criança de zero a 12 anos receberá o valor do menor vencimento do município (R$ 387,81) multiplica­do por oito. No caso de o adotado ser portador de doença grave, ou com deficiênci­a, o valor será acrescido 16 vezes.

Por fim, o auxílio-funeral continuará sendo universal. Só que o familiar do servidor recebia o dobro do menor vencimento do município, e passará agora a ganhar três vezes esse valor.

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DIVULGAÇÃO Previ-Rio será responsáve­l por regulament­ar os auxílios; portaria será assinada por Bruno Louro
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