O Dia

Melhor gestão, mais investimen­tos nos atletas

- Leonardo Picciani Ministro do Esporte

Quando assumimos o Ministério do Esporte, em maio de 2016, tínhamos um desafio olímpico para cumprir. Além da realização dos Jogos propriamen­te ditos, acreditáva­mos que o esporte nacional não poderia ser mais o mesmo depois desse grandioso evento, sucesso de público e de crítica. Se até ali havíamos chegado focados e imbuídos de atingir uma marca histórica — o que logramos fazer, com a 13ª posição conquistad­a no número de medalhas —, o dia seguinte do espetáculo não poderia ser de desmonte, mas, sim, de construção.

Desde que, em 2009, o Brasil ganhou o direito de sediar o maior evento esportivo do mundo, as ações governamen­tais foram planejadas para fazermos bonito perante o mundo. Muitos recursos foram investidos na construção das arenas, em melhorias no transporte público e na preparação dos atletas. Terminado aquele ciclo, outras necessidad­es se apresentar­am.

Além de cuidar do legado olímpico, o Ministério do Esporte também teve de colocar em dia série de providênci­as administra­tivas que, para o público externo, podem não estar aparentes à primeira vista, mas, para o bem do esporte como um todo e, principalm­ente, para o desempenho dos atletas, são da mais absoluta importânci­a.

É nessa direção que estamos avançando. Com uma equipe enxuta, mas comprometi­da, reduzimos o estoque de prestação de contas de convênios. Com isso, asseguramo­s o ressarcime­nto aos cofres públicos de R$ 26,3 milhões. Mais dinheiro recuperado e, portanto, mais recursos para investimen­tos nos atletas.

Num período de dificuldad­es financeira­s pelas quais passou o país, não descuidamo­s do Bolsa Atleta. Terminamos o ano atendendo 7.586 esportista­s, com R$ 125,7 milhões, e, para 2018, apesar das restrições orçamentár­ias, asseguramo­s a continuida­de desse importante programa, com a missão de aprimorá-lo.

Os atletas têm tido uma participaç­ão muito importante na gestão dos recursos e na participaç­ão. E contam com nosso total apoio. Graças ao suporte deles, conseguimo­s melhorar, e muito, nosso orçamento inicial. Eles participar­am de audiências públicas na Câmara, enviaram sugestões para que os congressis­tas dedicassem mais recursos para a pasta e foram parceiros em nossas empreitada­s.

Essa gana de participaç­ão desses atores primordiai­s para a melhoria do noscupaçõe­s so esporte não poderia deixar de contar também com nosso suporte. No ano de 2017, em que uma das palavras de ordem foi a melhoria da gestão, os atletas reivindica­ram uma voz mais ativa nas entidades administra­tivas. E nós não emudecemos diante desse pleito. Pelo contrário. Como a música que tem seu tempo de silêncio e seu tempo de notas mais acentuadas, esperamos o momento certo para fazer coro a esse refrão.

Por isso, nos engajamos na defesa por uma maior participaç­ão deles no Comitê Olímpico do Brasil. E fizemos isso publicamen­te porque consideram­os que a diversidad­e de opiniões pode produzir resultados melhores.

Antes disso, demos importante passo na tarefa de administra­r melhor os recursos federais. Pela primeira vez, entidades como o Comitê Paralímpic­o Brasileiro e o Comitê Brasileiro de Clubes apresentar­am suas contas para análise do Conselho Nacional do Esporte. E o COB, embalado pelos novos ares que por lá sopram, assinou termo de ajustament­o de conduta para estar em consonânci­a com a lei, garantindo os repasses da Lei Agnelo-Piva, o que, no final, significa investimen­to direto nos atletas.

Outras medidas serão tomadas por nossa gestão para melhorar ainda mais a aplicação das verbas federais. E esperamos que os atletas nos auxiliem.

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