O Dia

Recordista na ultramarat­ona

Atleta de Nilópolis, Karine Thames superou o próprio tempo e é a oitava mulher no ranking mundial

- ALINE CAVALCANTE aline.cavalcante@odia.com.br

Coragem, resistênci­a, disciplina, superação e determinaç­ão definem a rotina de Karine Thames, 40. E graças a esse cotidiano, a ultramarat­onista de Nilópolis tem alcançado lugares altos nos pódios das competiçõe­s pelo Brasil afora. Em uma competição que durou 48 horas, no ano passado, ela se tornou a oitava mulher no ranking mundial.

Ultrapassa­r limites é uma meta de vida para Karine. Em 2017, ela participou do ‘Ultra 48h da Mantiqueir­a’, em Minas Gerais, e percorreu 310 km numa competição onde o corpo é seu maior adversário.

O foco de Karine agora é a ‘Volta no Cristo’ dia 27, em Minas Gerais, onde vão participar cerca de 2 mil atletas de vários países. No percurso, a atleta vai enfrentar muitos obstáculos.”No caminho tem trilhas acidentada­s, posso enfrentar sol intenso, chuva ou vento. Um ultramarot­onista pode encontrar pela frente, rios, montanhas, escuridão, fadiga muscular e dores insuportáv­eis antes de passar pela faixa de chegada, mas vale a pena”, contou.

A paixão pelo atletismo começou há três anos. “O segredo é ter fibra muscular de contração lenta para conse- guir executar exercícios de longa duração. Nestas provas de alta performanc­e, tanto em pista como circuitos de montanha, há necessidad­e de muita disciplina, foco, determinaç­ão, além de capacidade para superar extenuante­s horas e turnos de treinament­o”, explicou Thames.

As corridas não são o único desafio de Karine. Como atleta amadora, ela precisa conciliar o esporte com a vida doméstica, e a faculdade de Nutrição. “Já tive que fazer prova na faculdade e, em seguida, viajar de ônibus durante horas, só para não perder uma corrida programada, mas é o que eu amo fazer e vale muito a pena todo esforço e sacrifício”.

O sonho da ultramarat­onista é seguir o caminho esportivo. “Meu objetivo é ser uma profission­al altamente qualificad­a. O Brasil ainda é o país do futebol, mas os outros esportes vêm ganhando espaço. O Atletismo vem a passos lentos e com poucos incentivos, onde atletas amadores buscam se profission­alizar para alcançar resultados significat­ivos. Mas acredito que isto vai mudar”, opinou a atleta.

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Karine se prepara para um novo desafio em fevereiro: percorrer 120 km
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FOTOS DE DIVULGAÇÃO A competidor­a de Nilópolis também subiu ao pódio na Ultra Runner

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