Digital no carro de delegado morto
Polícia identifica suspeito de envolvimento no crime. Fábio Monteiro foi enterrado no Caju
A digital de um homem de 39 anos foi encontrada no carro onde o corpo do delegado Fábio Monteiro foi encontrado. A Polícia Civil não informou se vai pedir sua prisão, mas acredita que ele tenha envolvimento no crime. O corpo da vítima, morta a tiros por criminosos na última sexta-feira, foi enterrado na manhã deste sábado no Mausoléu da Polícia Civil, no cemitério do Caju.
Um helicóptero da instituição jogou pétalas de rosa durante a cerimônia. O velório ocorreu na Academia Estadual de Polícia Sylvio Terra, no Centro do Rio.
Apenas familiares, amigos e policiais tiveram acesso à cerimônia. Monteiro foi oficial de cartório e, antes de ser delegado, atuou como agente federal. Por conta disso, a movimentação de policiais federais foi grande no velório e a Superintendência da Polícia Federal emitiu uma nota de luto. A Polícia Civil também divulgou uma mensagem de pesar. “Nosso lamento pela perda de um ser humano exemplar, de um servidor público probo, dedicado e competente. E nossa solidariedade à família, colegas e amigos. A PCERJ está de luto. Descanse em paz, nobre Policial”.
Ao contrário de sexta-feira, a Polícia Civil não realizou operação no Jacarezinho. A ação de sexta-feira, quando 60 pessoas foram conduzidas para a Cidade da Polícia de mãos dadas, sob a mira de fuzis, gerou críticas nas redes sociais. Alguns dos suspeitos eram adolescentes. “Esta fila indiana de moradores sendo levados para a Cidade da Polícia, mega delegacia nas proximidades, é chocante. Arrebanhados como animais, sob a mira de rifles, lembrando os tempos da escravidão”, escreveu a socióloga Julita Lemgruber, em seu Facebook. Das pessoas detidas, somente três ficaram presas pois possuíam mandados de prisão.